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Hoje o aprendiz de advogado não falará “juridiquês”, nem mesmo tomará cuidado para com as palavras, pois, domados à exaustão pelo “politicamente correto”, já não temos mais aptidão para “meias palavras”.

Vistos e etc. vamos direito ao ponto. Somos uma nação onde cultivamos o execrável costume de deixar nossos problemas acumularem. Ao invés de, pelo menos, tentar solucioná-los, nada fazemos senão posterga-los na expectativa de que algum evento (danoso), ou, alguma coisa o resolva para nós.

Momento oportuno para falar sobre pontualidade, que é a grande virtude dos justos, das pessoas notáveis. Coisas simples como participar de confraternizações, casamentos, festinhas de crianças, são clássicos exemplos em que as pessoas nunca chegam no horário, por exemplo se marca horário de início às 8h, o povo começa a se arrumar para exatamente nesse horário.

Peço vênias para dar minha opinião nada agradável, se você é daqueles que sem ter nenhum motivo justificável para tal menosprezo ao horário, certamente será convocado para o time daqueles indiferentes à importância da pontualidade, que não se vê em países desenvolvidos.  Vale dizer que pessoas sérias são pontuais, e têm o tempo como patrimônio inalienável.

Então vamos ao que interessa. A terra de Drummond, também conhecida como cidade do minério de ferro e berço da segunda maior mineradora do planeta, parece não saber o colapso que se aproxima dia após dia. Isso mesmo, estamos nos referindo à exaustão do precioso metal. Não precisa ser nenhum acadêmico, ou bacharel em qualquer ciência que seja para se ter notícias dessa tragédia anunciada. Até as pedras do Batistinha sabem disso.

Progredimos pouco, apesar da primeira tacada do saudoso prefeito, Deputado Federal Li Guerra. Com o devido respeito, a nossa política pouco atuou no sentido de garantir a sobrevida da cidade ao término do ciclo do minério de ferro.

Quem é “das antigas”, ou, “do tempo do onça” (como diziam nossos antepassados), se lembrará das inúmeras oportunidades que perdemos, pelo simples fato de deixarmos para depois. Uma vez que se tinha uma arrecadação invejável (ainda por enquanto), essa política se dava ao luxo de aguardar o famoso “céu de brigadeiro”, ou seria “mar”?

A bem da verdade é que estamos perdendo este jogo, com a carta coringa na manga. Muitos daqueles que ocuparam a cadeira do executivo, se preocupou apenas com o poder em si além das negociações de cargos e funções. Diga-se de passagem, muito bem remunerados por sinal.

Pois bem, a conta está chegando considerando as razões para preocupação. Dentre elas, apesar de estarmos relativamente próximos da capital, estamos longe da rodovia BR-381, aproximadamente 36 quilômetros. Em termos logísticos é um empecilho a ser considerado pelos investidores, a prova disso é o elevado custo de vida de nossa cidade do ferro, e isso é fato, não me venhas com churumelas.

Nosso distrito industrial pouco se vê no que tange desenvolvimento e incentivo. E fazendo justiça, a contra-gosto do sistema político, econômico, tributário e financeiro as poucas empresas que ali se encontram merecem moção de aplausos, tanto empresários, quanto seus empregados.

Infelizmente, esse mal que nos assombra é também resultado de administrações predatórias, sobretudo aquelas fundadas no assistencialismo. Aliados a isso estamos diante de outro colapso, o da baixa demografia. Esta, consequência da baixa fertilidade, cujo tema discutiremos em momento oportuno.

Em suma, não se preocuparam com a reindustrialização, nem mesmo com infraestrutura, como forma de compensação e viabilidade de atrair novos investimentos. E para aqueles que pensam que estão seguros por serem funcionários públicos, isso afetará diretamente a todos, sem exceção. Com arrecadação em queda, o cenário é desolador.

Por fim, teremos todos que aprender de vez que em qualquer democracia do mundo, o eleitor deve saber, ainda que a duras penas, o que é economia e quem está apto para conduzi-la. Quer exemplo maior, o de um certo Ministro da Fazenda, que diz em entrevista ter comparecido apenas dois meses do curso, e ainda “colava” nas provas? Fica aqui para reflexão o tamanho do prejuízo.

Marlon Sampaio Ferreira é Advogado, contabilista e consultor de varejo. Foi comerciante ramo de construção, vestuário, representante de medicamentos. Atualmente, pós-graduando.

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Marlon S. Ferreira
Marlon Sampaio Ferreira, advogado, técnico contábil. Já atuou como consultor varejo “Atacadista"/ Representante Medicamentos/ Comerciante no varejo de Tintas/ Servidor público.

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