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A decisão, tomada sem explicação, ocorreu simultaneamente ao
fechamento do programa de Mestrado em Comunicação, um dos mais
concorridos do país nas últimas décadas.

A ação pega todos de surpresa, pois a Cásper Líbero é o centro de estudos
em jornalismo e teorias da comunicação mais antigo do Brasil.
TRAJETÓRIA

Criada em 1947, a instituição formou grandes nomes no cenário nacional e
internacional, como César Tralli, Clóvis de Barros Filho e Maju Coutinho.
A Cásper já contou com mais de 100 docentes. No entanto, atualmente,
trabalha com 53.

Mas, os problemas não param por aí, pois a faculdade pretende fazer ainda
uma verdadeira 'devassa', promovendo muitos outros desligamentos, reduzindo o tempo de duração de aula e priorizando o ensino à distância, em detrimento ao presencial.

Os valores das mensalidades variam entre R$ 2.903,00 e R$ 3.476,00 e os
universitários alegam que não havia razão para banir um departamento de
pesquisas cujos valores mensais, segundo eles, rendia milhões de reais ao
instituto.

Mas, ignorando os questionamentos da comunidade acadêmica, a faculdade
mantém o mistério e as recentes determinações de extinguir o jornalismo.

QUESTIONAMENTOS
— Será que o encerramento das atividades tem a ver com a regulamentação
no jornalismo que Lula (PT) de há muito vem anunciando que pretende
fazer, e logo nos primeiros três meses do ano que vem? — dúvidas de
alguns alunos e professores.

— Ou levar-se em conta também a queda drástica do jornalismo no Brasil,
que deixou, com raríssimas exceções, de fazer um trabalho ético, técnico e
estritamente voltado para a informação e a verdade?— questionam setores
educacionais do Brasil.

— Qualquer cidadão hoje percebe que o jornalismo brasileiro está na UTI
— em estado terminal.

Há os que aderiram ao sistema e se entregam aos que podem lhes oferecer
benesses, e há os que insistem em divulgar os fatos como eles são, como o
JCO e muitos poucos sempre pequenos defensores da imparcialidade.

Mas, neste último caso, o risco é de sofrer as perseguições, as
demonetizações e a censura.

Com: Jornal da Cidade/NS
Foto: JCO

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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