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Vi gente tossindo, fazendo vômitos, vomitando  e se benzendo ao ver a manchete do Diário de Itabira que circula neste sábado, 27 de abril de 2024: “Água do Rio Tanque está contaminada.” A fonte é um estudo realizado pelo Instituto Mineiro das Águas (Igam) em determinados  pontos  do rios Tanque, Peixe e Santa Bárbara, informa reportagem  de Jairo Ventura.

O rio Tanque, de há muito escolhido para completar o abastecimento de Itabira, citadíssimo nos discursos de políticos como solução definitiva  para a cidade. Os três são “premiados” com níveis altos de ferro, alumínio, manganês,  sulfeto e pela bactéria Escherichia Coli, informa a matéria que é a manchete principal com detalhes na página 5.

Já estava marcada para o dia 6 de maio e ocorrerá uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, iniciativa da deputada Bella Gonçalves, para discutir a questão intrigante da água de Itabira, de uma gravidade sem medidas  mostradas às vésperas da despedida fatal da mineradora Vale.

O empurra-empurra do problema data de 18 de maio de 2000, quando Vale, Prefeitura e Ministério Público do Estado de Minas Gerais assinaram o comprometimento de 52 condicionantes da Licença de Operação Corretiva (LOC) com várias pendências depois de 24 anos de inércia de prefeitos e demais autoridades.

BANCANDO IDIOTAS

Todos nós, itabiranos vivos e mortos, de ambos os sexos, nascidos aqui ou mesmo forasteiros bem recebidos nestas plagas, devemos bater no peito e reconhecer a nossa culpa pelo momento atual. A administração pública atual prometeu solucionar o problema mas deixa que banquemos os tolos, idiotas, ou melhor, os tatus que aparecem de madrugada.

Não seguimos os conselhos do saudoso prefeito Dr. José de Grisolia — “o possível faz-se e o impossível tenta-se” — e agora estamos à beira do caos. E nem sabemos que precisaremos de água em demasia nos a partir dos anos 2030. A “cidade fantasma”, lamentada pelo presidente do Metabase, André Viana Madeira, está nas portas da realidade tão terrível quanto um pré- apocalipse.

CONTAMINADOS COMPROVADOS?

Todos estamos contaminados, parece quase claramente. É preciso saber quem escapou ou não da ameaça. Fica aí o alerta. Ninguém deixe de fazer seus exames determinados para checar os principais sintomas de infecção intestinal ou urinária por Escherichia coli: dor abdominal, diarreia constante, dor e ardor ao urinar, presença de sangue nas fezes ou na urina, urina turva, febre baixa e persistente.

A expressão muito usada, “levou ferro”, poderia significar que se contaminou, mas acaba sendo adotada somente para apelidar o sujeito que sai derrotado, o time que “entregou a rapadura”, ou até quem se machucou ou morreu.

PREVENÇÕES VALEM

A prevenção contra a contaminação com a Escherichia coli consiste em:

— Lavar as mãos após usar o banheiro;

— Lavar as mãos sempre antes das refeições;

— Lavar as mãos antes e depois de preparar as refeições;

— Lavar bem os alimentos que são consumidos crus como alface e tomate;

— Não engolir água da piscina, do rio ou da praia.

Está dado o recado e não pense que estamos livres dessa ameaça. Sejamos precavidos.

José Sana

Em 27/06/2024

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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