Sinto-me no direito de dizer que a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) chegou a Itabira porque houve uma série de esforços voltados para o objetivo, toda a ocorrência com muito profissionalismo e amor à causa do futuro. Inicialmente, a intervenção e o trabalho do prefeito da época (João Izael); do deputado que defendida Itabira (José Santana); do peso do vice-presidente da República (José Alencar); de encaminhamentos do governo anterior (Ronaldo Magalhães); da mão decisiva do reitor (Renato Aquino) e da coordenação super importante do consultor e engenheiro competente (Kleber Guerra).
Complementando a turma da frente — advirto que faltam alguns nomes — quem me avisou do furo foi a então estudante da Funcesi, repórter do jornal Folha Popular, Juliana Campideli, e quem deu a primeira notícia da vinda da Universidade para Itabira fui eu, com muito orgulho.
Como sempre tentei sustentar minhas atitudes a sério, modéstia às favas, todas decisivas e sem recuo, liguei imediatamente para Renato Aquino Faria Nunes, às 18 horas de 31 de outubro de 2005. Ele marcou nosso encontro para o dia seguinte, às 9 horas da manhã. E no horário pontual, suíço, ele já me esperava em seu gabinete, na Unifei, em Itajubá.
Aí começa uma história que só se interrompeu no ano de 2021, quando o prefeito de Itabira fez as suas malditas lives e disse o seguinte: “Não é competência de municípios investirem em projetos federais”. E saiu por aí repetindo a sua frase triunfal de poder jogar dinheiro universitário em projetos de cidades pequenas. Um assessor dele mesmo escreveu: “Você só pensa em projeto pequeno, puxa!”
Idealistas levaram um tiro no peito, mas eu recebi foi uma estilhaço de bomba atômica na testa. Até aquele instante, eis o que tinha feito: participei de reuniões em Itabira, Belo Horizonte, Itajubá e Brasília, furando e filando conversas de um grupo sério, que trabalhou o empreendimento durante três anos. Quantas vezes viajei? Mil e uma (entendam o exagero como não tenha anotado, mas o acompanhamento pode ser feito no site e na revista.
Fui desafiado e topei a parada: “Vá a Sophia Antipolis, no Sul França, e conheça o modelo de universidade que traçamos para Itabira” – apontou-me o dedo indicador direito o amigo reitor Aquino. Topei a parada. Para que a viagem fosse produtiva, tomei a iniciativa de estudar Francês com o padre haitiano Dickens Remi durante um ano.
O projeto da Unifei nunca foi o que muitos imaginam, de universidades tradicionais. Algo novo e revolucionário. O projeto ia bem até que um dia apareceu o imbondo caindo de paraquedas. E eu de patinhas. Extremamente estranho, ele, que já tinha projetos prontos e para colocar em ação, assim resumidos: “Primeiro, vencer a eleição de 2024; depois é outra história”. Demonstrou que seria o seguinte: nunca mais largar o osso. Itabiranos, anotem isso e cobrem de mim se estivermos aqui neste mundo.
Num país como o nosso, de carências incríveis, é fácil montar um jogo que, enrola gregos e troianos. Engana os que passam até fome para ir ver . Pegar as contribuições à Unifei e transferi-las para contas de cantores importantes ou não, tipo Luan Santana…Ana Castela… MC Cabelinho. …Gusttavo Lima. …Marília Mendonça… Maria Rita é algo que dá votos. Às custas de quem?
A Unifei caiu facilmente no conto do imbondo. Como adora ser enrolado o povo de Itabira! É trágico e tradicional. Desde a história do Congresso de Estocolmo, em 1910. É uma vergonha que a capacidade intelectual do ex-presidente-getulista (nosso maluco gentílico em algum tempo) tenha chegado a este ponto: falta de olho para ver, de ouvido para ouvir, sentimento para sentir e até tato para perceber. O cheiro extravasa todo e qualquer nariz entupido. É podre a esperança do itabirano caso continue como lesma.
Então, não creia que a Unifei sairá do enrolo com o tal cara no poder. É preciso rezar muito para algum santo hastear a bandeira contra o imbondo.
Deus salve Itabira!
José Sana
23/05/2024
Enquanto Luan Santana e a encrenca Ana Castela forem mais importantes que uma Universidade, a cidade não terá salvação. O tempo passa, Os recursos voam…Que esperança nos resta?