Aqui mora a falta de saúde. Juntinha com ratos, baratas, mosquitos da dengue, pernilongos e outros bichos. Estamos em Itabira. Ou melhor, na Outra Itabira, que alguns moradores chamam, há mais de 30 anos, de “terra de ninguém”. Veja o vídeo e fotos abaixo:
Se você passa no local, de carro, moto, bicicleta ou a cavalo, tem de ser devagar porque recebe sempre um sinal de parar. O único benefício que a localidade-bairro tem são os quebra-molas.
“Há pouco tempo atrás – dizem alguns moradores – aqui instalaram esses chamados também redutores de velocidade. Teve um morador daqui que soltou foguetes, faltaram discursos e corte de fitas simbólicas”. Essas palavras são de uma moradora, dona de casa e estudante, mãe de três filhos.
Os ratos agridem a paisagem azul do esgoto em mais volume que a água. Essa só aumenta quando vêm a chuva. Essa última causa outros problemas. O esgoto desce a céu aberto, os poluidores reproduzem, o mau cheiro inunda o olfato até do repórter que sofre de sinusite e rinite. Abrem-se doenças em idosos e crianças para dezenas de epidemias.
Uma solução: O novo marco do saneamento básico prevê universalizar o setor no Brasil até 31 de dezembro 2033. De acordo Édison Carlos, presidente executivo do Instituto Trata Brasil, metade da população brasileira, cerca de 100 milhões de pessoas não têm acesso ao sistema de esgoto. Quase 35 milhões não têm acesso a água tratada. Carlos apresentou, ainda, que apenas 6% das cidades são atendias pela iniciativa privada.
O novo marco prevê a maior participação de empresas privadas em competição com empresas públicas o que pode melhorar a qualidade e a expansão dos serviços.
E a Outra Itabira, a número 1. Prometemos trazer, daqui a pouco, a número 2… 3… 10… 100.
Notícia Seca/Digital Regional (fotos)
Nota: Tentamos e não conseguimos falar com a Secretaria Municipal de Saúde de Itabira. Estamos abertos para mais esclarecimentos.
.