“Itabira passa a ser um dos referenciais nacionais em termos de gestão territorial. Fortaleza, que tem um sistema avançado nessa área, agora já passa a mirar o modelo que está em criação por aqui”. A afirmação é do professor Carlos Vieira, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), durante lançamento da Rede de Referência Cadastral Municipal (RRCM). Formada por 74 marcos geodésicos, a rede é um dos produtos do programa Mapa Itabira 360º, em que a Prefeitura moderniza a gestão do território.
Em workshop na nova sede do Crea-MG, nesta segunda-feira (12), engenheiros, arquitetos, empreendedores e servidores municipais debateram sobre o Mapa Itabira 360º e conheceram as vantagens dos marcos geodésicos. Espalhados pela cidade, incluindo zona rural, os marcos padronizam dados georreferenciados de Itabira, já estão incluídos na base oficial do IBGE, e podem ser acessados virtualmente de qualquer lugar do Brasil pelo mapa360.itabira.mg.gov.br.
Com a nova rede, a Prefeitura quer facilitar e agilizar aprovação de projetos imobiliários na cidade. Os marcos passam a ser de uso diário pelos profissionais envolvidos nos projetos técnicos de investimentos imobiliários, conforme destacou o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), Klaus Amann. A superintendente de Geoprocessamento da SMDU, Gilza Alvarenga, destacou a importância de os técnicos da Prefeitura e do setor privado atuarem em parceria a partir da RRCM.
Além de Vieira, os professores Everton Silva e Francisco Henrique de Oliveira, também da UFSC, falaram sobre diretrizes nacionais para o setor e infraestrutura do georreferenciamento em Itabira. Os três são referências nacionais em pesquisas sobre cadastros. O prefeito Marco Antônio Lage encerrou o workshop com a mensagem de que um tema “muito complexo e técnico” como o da gestão territorial está sendo encarado pelo atual governo com o desafio de se conhecer e ordenar a ocupação da cidade “em busca da qualidade de vida e foco no desenvolvimento sustentável de Itabira”.