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julho 21, 202

No tempo da esperança: eu era feliz e não sabia A Segunda Guerra Mundial está em foco. Itabira, assim como o Nazismo e  o Fascismo estão no auge da destruição. O fim da exploração da Vale em Itabira e regiões vizinhas está no fim. O judeu Guido, afastado da mulher, precisa usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira. Seu objetivo é proteger o filho do terror, o que consegue.

Giosuè representa o itabirano tapeado, aquele que vai na conversa do pai, esse o prefeito de Itabira. A diferença é que Guido age pelo bem enquanto Marco Lage só pensa no mal. Sabe que Itabira está chegando, inevitavelmente, ao fim, mas não abre mão de lamber a rapa do tacho para concretizar seus planos mostrados pela primeira-dama: “cem anos dominando a política regional”.

                                                A VIDA BELA  FICOU ASSIM…

                            

No início do século XX até Getúlio Vargas nacionalizar as minas de ferro, o Cauê tinha sido entregue praticamente de graça aos ingleses. Hoje, década de 2020, ele é uma cava (Foto O Trem Itabirano)

Lembrança de um final infeliz: Itabira tem direito a uma super cava

Itabira tinha planos acertados para construir o futuro. O então reitor da Universidade Federal de Itajubá, braço da Unifei Itabira, lançou o projeto de sua vida “Parque Científico e Tecnológico”, acoplado ao Porto Seco e ao Aeroporto Industrial. Mas o povo inocente (Giosuè) foi na conversa de uma trama montada por um marketing do diabo (Guido). Volto a esclarecer que  Giosuè é, ou era inocente, enquanto Guido, bem-intencionado apenas para  não deixar o filho preocupado.

Guido (Marco Antônio Lage) perde a batalha final, mas (Diosuè) sobrevive e encontra a mãe. Só que ambos precisam se recuperar do colapso que sofreram do desaparecimento de Guido. Fora do filme constatam que o rei de Ipoema perdeu a batalha e não vai mais desgovernar durante os “cem anos dominando a política regional”.

O FILME E A REALIDADE ITABIRANA HOJE


 

No Campo de Extermínio, aguardando execução: itabirano na mesma situação

O filme “A Vida é Bela” termina com a morte de Guido, o pai, que se sacrifica para proteger seu filho Giosuè no campo de concentração. No entanto, Guido consegue manter a inocência de Giosuè, fazendo-o acreditar que tudo não passa de um jogo, até a chegada do exército americano que liberta os prisioneiros, incluindo mãe e filho, que se reencontram. O filme, apesar de abordar o Holocausto, é marcado pela esperança, amor e resiliência, mostrando a importância de ver a vida com otimismo e de transformar as adversidades em oportunidades.

Resumo detalhado escrito pela crítica:

“O filme  desenrola-se durante a Segunda Guerra Mundial, com Guido, um italiano judeu, usando sua imaginação e bom humor para proteger seu filho Giosuè do horror do campo de concentração. Ele transforma a realidade brutal em uma brincadeira, convencendo Giosuè de que eles estão participando de um jogo onde o prêmio é um tanque de guerra.

No final, apesar da morte de Guido, seu sacrifício e a fantasia que ele criou, garantem que Giosuè sobreviva e veja o exército americano chegando com o tanque, seu prêmio prometido. O filme mostra a força do amor paternal, a importância da esperança em meio ao caos e a capacidade humana de encontrar beleza e alegria mesmo nas situações mais sombrias”.

Este o criador da guerra:  no filme é Hitler e em Itabira o famoso MAL

 

Data de lançamento: 5 de fevereiro de 1999 (Brasil)

Diretor: Roberto Benigni

Prêmios: Oscar de Melhor Ator, MAIS

Indicações: Oscar de Melhor Ator, MAIS

Gêneros: Comédia, Guerra, Romance, Drama, Melodrama, Aventura, Comédia dramática, Ficção policial, Clássico

Autores: Roberto Benigni, Vincenzo Cerami,

O desfecho, embora trágico pela morte de Guido, é também um hino à vida, à liberdade e ao amor, mostrando que a beleza da vida pode ser encontrada mesmo em meio à adversidade, e que a maneira como encaramos a vida pode transformar a realidade.

Então, a realidade se estampa: Itabira vai perdendo a força, menos a de capacidade, por enquanto caindo em gotas, a cidade ainda repleta de veículos, a Vale fecha as minas, gradativamente, mesmo sem o povo sentir, o “panis et circenses”. Chegará em breve o Holocausto Itabirano e a desgraça pregada pelo próprio Guido vai ocorrer da seguinte forma: a inteligência da fazenda “‘mau tempo’ vai pra tonga da mironga” e o imperador, ou rei, tem destino incerto e não sabido. Que Deus lhe dê luz para abrir os olhos de ver e não de esconder a clareza na escuridão.

Tempo maldito esse que vive Itabira.

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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