Em fevereiro deste ano, a ArcelorMittal anunciou o cancelamento definitivo do plano de expansão da usina de João Monlevade. A empresa informou que a decisão foi tomada após uma análise de mercado e uma revisão do plano estratégico de investimentos no Brasil, frustrando a expectativa da cidade.
A paralisação das obras de expansão afetou as empresas terceirizadas que trabalhavam no local. No entanto, não houve impacto na operação e produção da unidade, uma das mais importantes do grupo siderúrgico. Tanto que, pouco mais de um mês após anunciar o cancelamento do projeto na usina de João Monlevade, a ArcelorMittal reafirmou a importância estratégica da unidade no contexto nacional. O então CEO da companhia na América do Sul, Jefferson De Paula, destacou que, mesmo sem a expansão inicialmente estimada em R$4 bilhões, estão previstos investimentos significativos em Monlevade nos próximos anos. “Direcionamos esforços para outros tipos de investimento”, afirmou.
De acordo com o executivo, até 2028 a unidade de Monlevade receberá aproximadamente R$3 bilhões, dentro de um pacote de R$11,5 bilhões destinados ao estado de Minas Gerais. Os recursos serão aplicados em modernização, recuperação de equipamentos e reformas estruturais, como a intervenção prevista no alto-forno da usina. “Não vamos dobrar a capacidade, mas vamos continuar investindo em tecnologia e modernização. Monlevade é uma planta super importante, onde fazem os aços especiais nossos. Temos um autovalor agregado em Monlevade”, reforçou. O então CEO também ressaltou que o cancelamento da expansão não significa perda de protagonismo para a unidade.
Investimentos que fortalecem o futuro
Entre 2021 e 2028, a ArcelorMittal João Monlevade terá recebido R$2,7 bilhões em aportes. Conforme relatório de sustentabilidade 2024, vem aí, um ciclo de modernização e inovação que reafirma a importância de Monlevade na siderurgia nacional. Confira:
• R$800 milhões no Laminador 3 (já em operação desde 2022, ampliando a capacidade de produção)
• R$600 milhões na reforma do alto-forno
• R$1,3 bilhão na modernização da planta