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Gustavo Werneck, CEO da Gerdau (Foto: Divulgação)
Gustavo Werneck, CEO da Gerdau (Foto: Divulgação)

O CEO da Gerdau (GGBR4), Gustavo Werneck, afirmou que o mês de maio é o prazo final para o governo federal apresentar soluções eficazes para a indústria nacional de aço enfrentar de forma justa a concorrência da China. Em fevereiro, o executivo havia alertado que, caso não houvesse uma resposta rápida por parte do Estado, a companhia poderia rever seus planos de investimento no país. A Gerdau prevê investir R$ 6 bilhões no Brasil em 2025.

“Seguimos com uma agenda muito positiva. O governo tem sido bastante aberto nesse debate, mas ainda não conseguimos encontrar soluções concretas. Ainda assim, estou confiante de que, até o fim de maio, o governo federal — por meio do Ministério da Indústria e Comércio — possa adotar mecanismos de defesa comercial mais robustos do que os que temos hoje. Caso isso não ocorra, teremos que tomar decisões de curto e médio prazo para manter o nível de competitividade necessário”, disse Werneck para o InfoMoney.

O executivo participou nesta quarta-feira (9) do South Summit Brazil, em Porto Alegre. Durante sua palestra, ele disse que o setor não quer nenhum tipo de proteção do governo, mas igualdade, porque não é possível competir com países nos quais o governo coloca dinheiro, coloca subsídio e não torna essa competição justa.

O país importou 4,8 milhões de toneladas de aço no ano passado, segundo dados de entidades da indústria. Isso representa mais de 20% das vendas internas.

“É chocante perceber que, hoje, entra aço chinês no Brasil a um preço mais baixo do que o que a própria China paga pelo minério de ferro”, afirmou o CEO, cuja empresa também atua há 35 anos nos Estados Unidos. As importações chinesas de minério de ferro em 2024 atingiram 1,24 bilhão de toneladas, um recorde.

Werneck afirmou ainda que a Gerdau tem feito esforços para manter a competitividade frente ao aço chinês e, pela primeira vez, tem conseguido oferecer ao mercado alternativas para substituir o produto asiático.

Não é só a Gerdau que crítica a presença do aço chinês no Brasil. No início deste ano, o setor pediu ao governo brasileiro a imposição de uma tarifa de 25% sobre o aço do país, em resposta aos impactos gerados por medidas protecionistas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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