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Itabirano, chega de manchar a reputação do vereador! Ou melhor, do brasileiro! Vamos acabar com essa mania de atirar pedras no representante legítimo do povo!

Vereei em Itabira de 1973 a 1976 e de 1977 a 1982. Presidi a Câmara Municipal em 1978 e 1982. O que fiz lá na Casa do Povo é algo a ver. Meu principal desafio — valorizar o Poder Legislativo — lutei durante dez anos por essa proposta.

VALORIZACAO  DO VEREADOR

Ao ser eleito, em 1972, com uma votação histórica para a época, é claro, encontrei metas que impediam a Câmara de ser forte. Então, valorizar o pobre-coitado passou a ser obsessão. Por confiar nos meus planos é que até hoje tento dar uma mão em tal intenção. Hoje encontro nove gigantes, dirigidos por um “cabra macho”, ele parece algo assim vindo do nordeste, Heraldo Noronha Rodrigues. atual presidente do Legislativo.

Alguém pode questionar: “O que fez Heraldo para ser destaque?” A resposta está aí, estampada na cara para qualquer um ver. Até um lambedor de rapadura, que sou eu, percebe a valorização que ele impôs e o respeito que implantou a ponto de meter medo nos assassinos da voz do povo. Que continue assim…

Heraldo Rodrigues, o “Noronhão”, que reabre o caminho de valorização do vereador e do Poder Legislativo.

O ATAQUE DA PREFEITURA PERDEU!

A relação dos poderes em Itabira não tem sido das melhores, ou mais claramente, a pior de todos os tempos. O prefeito de Itabira, na sua vivência internacional, não percebeu que o Legislativo é um poder respeitável porque é plenamente constitucional. No início de seu mandato, inaugurou a pancadaria com maléficas porretadas. “Pé no saco”, “Esquizofrenia”, “Marionetes”  — essas foram as mais destacadas expressões que nem precisaram saltar o Canal da Penha para chegar à Casa Legislativa.

Para a área dos projetos, a redução dos preços de tarifas urbanas era matéria quente que  chegou para ser apreciada e exibida com até com a troca de cruéis desaforos. Secretários compareceram à  Casa do povo e deixaram lá as suas bombas atômicas armadas, rendendo semanas de “viu o que fiz com aqueles amaldiçoados?” Que falta de respeito à instituição de um Poder forte!

Vereadores atentos, na verdade da Oposição porque os Situacionistas não conseguem argumentar, perceberam que um sério erro estava sendo registrado. Que erro? Acertaram  detalhes sobre os R$ 3,00 para as tarifas urbanas mas Itabira não é somente uma urbe fechada. Aí com a liderança do presidente, sempre ele, Heraldo, as discussões se acirraram. Itabira tem transporte de passageiros no espaço rural também, ora, ora! A Oposição, ou melhor, a Comunidade, obteve a primeira vitória. E eles não aprendem, os do lado de cá mesmo no Córrego da Penha.

A DEFESA DA CÂMARA VENCEU!

Agora vem o Valeriodoce, cujo presidente, João Mário de Brito, acaba de ser salvo. Ele também, na frente dos valerianos, ou itabiranos, pegaria uma larga derrota se não sai uma verba notável e pesada de R$ 1 milhão para a disputa da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro (aproveito e proponho à diretoria valeriana que planeje as subvenções dos anos vindouros porque a prefeitura não terá a força de hoje nem para bancar campeonato de porrinha.

 

Para hoje surge de novo a Oposição e salva João Mário, Valério e outros coitados. Como sempre, o presidente Heraldo, esse mais uma vez, forte como um touro, aguentou até humilhação inconcebível, que não deveria ser permitida pela polícia: esticaram e viraram  os microfones como se fossem os “Canhões de Navarone”, apontando os mísseis  para as janelas da residência presidencial. Acreditem que quiser esse pobre leitor que lê essas mal traçadas linhas e saibam que, apesar de forte, Heraldo não é homem público debaixo dos cobertores. Nota: fazia um pouco de freio naquela noite amaldiçoada, de tiros nos pés.

O homem aguentou, o Noronhão, sabendo que tinha o apoio de mais oito companheiros, leais amantes de Itabira — Luciano “Sobrinho”, Rosilene Félix, Neidson Dias, Sidney do Salão, Tãozinho Leite, Vetão, Rodrigo Diguerê e Robertinho — nem temeu sequer uma bomba atômica a ele dirigida, porque estava defendendo toda a comunidade dependente de recursos.

A briga contra vereador, deputado, senador é típica de quem nasceu com o sangue nazista percorrendo as veias. Esse haverá de sucumbir-se porque o ser humano nasceu para a democracia, totalmente contra a ditadura. Esta foi a mais determinante confiança depositada por Deus na criação do mundo: o livre arbítrio, significativo de liberdade total para viver.

CONCLUSÃO

“Todo poder emana do povo e em seu nome é exercido.”  Este o artigo inicial, primeiro, mais conhecido da Constituição Brasileira, que vale para nós desde 1988.

Como amante da maioria, que sempre dá os rumos às decisões, a Câmara consegue atender os seus objetivos: participar da governança, ser fiel à verdade e salvar a nossa cidade.

Milhares de pessoas elegeram o governo atual para que pudesse investir, a partir de 2021, no futuro de nossos filhos, netos, bisnetos, trinetos, tataranetos. Eles não vão perdoar a geração atual caso ela não siga o foco da razão e da humanidade. Poderá ser erguida uma faixa na entrada da cidade, onde está a de “Terra de Drummond”. É só emendá-la: “… e de um povo que vende a alma ao demônio.”

Redescoberto o nosso caminho, aos vereadores cabe apenas copiar as ações de valorização do Poder Legislativo que acabam de surrar os neonazistas. E chega de ser egoístas, em pensar somente nas eleições, em vaidades do poder. Tudo isto é nojento!

 

José Sana

25/06/2024

Foto: NS

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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