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Por que  a pressa? Porque o tempo está acelerado e, à medida que voa, cada vez mais desembestado, a Vale segue retirando-se do cenário e chega  a hora de equiparar receitas com despesas. Há 15 anos tivemos a conquista da Unifei. Agora a UniFuncesi dá seu sinal de chegada que vai vingar. Mas será que ambas cobrirão o mega-orçamento atual?

Será que substituiremos a receita do minério de ferro? Definitivamente, não! — A resposta é automática para qualquer leigo. Por isso temos de continuar atentos e trabalhando, como pouco fizemos.  Antes temos o direito de lutar pela inclusão da Unifei nas metas da Prefeitura. Precisamos contestar o argumento pessoal do prefeito, de que o município não pode investir no governo federal. Por que não?

Acaso o senhor chefe do executivo conhece o convênio e o projeto MEC-Prefeitura-Vale? Tenho absoluta certeza que não. Não sabe que a estrutura montada transforma Itabira em uma condição sui generis? Não sabe que o convênio está sendo burlado desde um determinado governo municipal passado? Juro que desconhece tudo.

Unifei atual com obras inacabadas ao fundo: querem que seja um elefante branco?

A história da Unifei precisa ser contada passo a passo. Sugeriria um encontro transparente de um real representante da Vale (ligado às condições e estruturas montadas), do Poder Público Municipal e do MEC para que sejam ajustados os chamados ponteiros. São 15 anos de funcionamento, três a quatro turmas de formandos e  uma notoriedade que tentam mas não conseguem nem podem quebrar. Nove cursos funcionando. Quem matar isso merece ser condenado à forca como um bandido de faroeste.

Não é prefeito, nem vice-prefeito, nem vereador,  que vão decidir se o município segue ou não como parceiro da Vale e do MEC, mas, evidentemente, o povo de Itabira. Já passou da hora de surgir um movimento popular  em prol da lógica, do consenso. É infinitamente inadmissível  que queira algum atrevido, sem escrúpulos,  ter a audácia de transformar a Unifei em mais um elefante branco. Temos muitos por aí.

E vai a pergunta fatal: quem vai medir o ressarcimento dos prejuízos da Itabira? Algum curiboca pode vomitar asneira para desvalorizar o nosso futuro? E por esse futuro o itabirano tem que dar a vida.

Instituto Agronômico de Itabira: funcionou de 1880 a 1898. Querem fazer deste exemplo  um “modelo” itabirano? Seguir um fracasso no passado é o que o nosso “líder” quer?

Um exemplo temos nas mãos para deixar claro aos itabiranos de BEM e de MAL: o Instituto Agronômico Federal  de Itabira durou de 1880 a 1898. Querem  os nossos cidadãos que a Unifei tenha o mesmo destino? Que persista  somente de 2008 a 2023?

Com a palavra quem tem a coragem de ser honesto com as novas gerações!

José Sana

24/05/2023

Fotos: Jorge Florentino Botelho (estudioso da existência do Instituto Agrotécnico Federal de Itabira/Redes Sociais

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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