Planeta Terra, 22 de março de 2021, Dia Mundial da Água. Para não perder tempo, ter espaço suficiente de provar afirmativas e conclusões, este site está propondo, principalmente aos seus dirigentes itabiranos, moradores desta cidade, esta que vive crise aguda da falta de água, uma volta e pesquisa no passado recente.
Se querem desenvolvimento sem água podemos desistir. E a sugestão de agora é o retorno ao que deu certo e fica como marca inédita registrada na história de Itabira: a implantação do “Projeto Mãe D’Água”.
A iniciativa recebeu elogios rasgados, no dilema francês, por uma personalidade mundial de alto conceito, que esteve na região em 16 de novembro de 2006, Danielle Miterrand, ex-primeira-dama da França. Na época ela era presidente da ONG France Liberté e visitava o Brasil para oferecer préstimos da entidade.
Miterrand, em entrevista a este repórter, disse, depois de criticar as crateras itabiranas, as quais conheceu sobrevoando a cidade de helicóptero, o seguinte: « Le Projet Mãe D’Água est la plus grande surprise positive que j’ai jamais connue au Brésil » (O Projeto Mãe D’ Água é a maior surpresa positiva que conheci no Brasil).
QUAIS OS IDEALIZADORES E OS EXECUTORES?
Em 2006, era prefeito de Itabira João Izael Querino Coelho em seu primeiro mandato. Dois funcionários do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) —Dartson da Piedade Fonseca e Gilmar Bretas — lideraram a iniciativa que pode assim ser chamada: redenção da água em Itabira com resultados imediatos e concretos. Houve parceria com donos de propriedades ao redor de córregos e participação gerencial do Saae, tema que será explicado no decorrer desta Semana da Água. Detalhes virão gradativamente durante a semana, mas preparem-se, leitor, autoridades, técnicos, cidadãos, para conhecer o maior projeto a favor da água já empreendido em Itabira em todos os tempos. E abandonado.
O QUE É (OU FOI) O PROJETO MÃE D’ÁGUA?
Mãe D’Água é um dos afluentes do Córrego Candidópolis, principal responsável pelo abastecimento do manancial da Estação de Tratamento de Água (ETA) da Pureza. A ETA-Pureza, que já foi responsável até por 70% do consumo de água em Itabira, hoje está na faixa de 40% de domínio.
Sendo a água um dos principais sustentáculos da vida no Planeta Terra, algo sublime como uma mãe, representaria muito bem como nome do projeto, que foi criado, inicialmente, para concorrer a um prêmio de R$ 500 mil em promoção instituída pelo Ministério do Meio Ambiente.
Do incentivo do Governo Federal despertou-se a estrada para encontrar-se com uma solução se não total, mas plenamente positiva e viável. Assim, do nome do córrego nasceu o título da eficaz decisão colocada em prática.
ITABIRA VENCEU, CONTINUOU E LARGOU?
Itabira venceu e abocanhou o prêmio, simbólico, diga de passagem, já que o município já recebia milhões de reais da receita do minério de ferro, o royalty. Mas valeu como indicação do caminho a seguir, ou seja, o incentivo de continuar com as gestões iniciadas na implantação do projeto para buscar soluções para o preocupante problema da falta de água.
A avaliação do volume de água disponível foi feita no Plano Diretor de Abastecimento, elaborado na época pela Fundação Christiano Ottoni, em parceria com a Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG): “A água é um recurso natural em situação de escassez em Itabira”, concluiu o relatório.
Mas o Mãe D’Água cuidou-se de resolver grande parte deste problema. Esta matéria continua na edição seguinte desta reportagem, quando serão contados passos do trabalho realizado e a história dramática do “por que parou? Parou por quê?).
NS
Fotos: Arquivos
Projeto maravilhoso e super importante!!
Gratos pela participação…