Desde Major Paulo José de Souza, quando da verdadeira emancipação de Itabira (existe a data correta, que é 7 de outubro de 1833, e a mentirosa, 9 de outubro de 1848, que é comemorada em erros acumuladas 1848), uma eleição em Itabira jamais começara um ano e meio antes do que a legislação determina. Neste 2023, os “lançamentos de candidaturas” iniciaram-se com a pressa das corridas de formula 1.
PREFEITO MARCO LAGE
A data exata da antecipação de Lage é 15 de março de 2023. Local: teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, em Itabira; motivo: abertura da 12ª Conferência Municipal de Saúde; o que ocorreu: Marco Antônio Lage lançou-se candidato à reeleição a prefeito itabirano.
Para adiantar o que se passa nos bastidores há alguns dias, contam que Lage teria se acertado com Gomes e o doutor estaria de novo entrado na chapa oficial. A dupla agora não se separa mais — é o que anuncia a boca pequena que fala alto. A questão ideológica, que chegou a provocar troca de chumbo no início do mandato, tendo a interferência dos Portelas, está sendo, novamente colocada de lado. Atos e fatos da política.
Provavelmente, hoje, Marco Antônio nega sua audácia, mas não deve insistir porque há documentos e gravações divulgados no próprio dia.
E OUTROS, QUEREM DISPUTAR?
Pelo fato de serem comentados em pesquisas e citações da imprensa, ainda no zum-zum-zum, alguns nomes se despontam como opositores ao candidato oficial “já lançado”. Vamos citar um a um:
João Izael Querino Coelho — ex-prefeito (2004 a 2012) — Não confirma, é um dos principais nomes citados em pesquisas. Se insistem, diz simplesmente não ser o momento correto e “não pensei na possibilidade”. João é mesmo modesto. Calado, nem defende as suas duas obras: Unifei e Faculdade de Medicina (foi ele quem começou a luta).
Neidson de Freitas — Vereador atuante, líder da oposição ao prefeito na Câmara Municipal, praticamente a mesma postura de João Izael. “Não vou contrariar a lei, falta tempo demais para esse tema ser discutido”. O maior destaque do vereador é sua ascendente votação para vereador e deputado. Sempre obtém excesso de votos e elege outros da chama.
Rose Félix — Também atuante, a vereadora Rosilene Félix resguarda-se de qualquer comentário. Nas reuniões do Legislativo das terças-feiras, aparece sempre como das mais interessadas na questão desenvolvimento econômico e social, mas desconversa o tema candidatura a prefeito em 2024.
Bernardo Mucida — Desde quando já teria desistido de ser candidato a prefeito, Bernardo Mucida vem sendo citado como novamente candidato a deputado estadual. Sofrendo forte concorrência do prefeito, Mucida mantém-se de boca fechada. Cuja parte do corpo, assim, “não entram mosquitos”.
Reginaldo Calixto — Ex-vice prefeito de Damon de Sena (2013-2016). Mais um na “moita”, apenas saiu do silêncio desde quando se desentendeu com o titular, dois anos depois de encerrar com ele uma “lua de mel” promissora aparentemente.
Ronaldo Magalhães — Há um grupo puxando para seu nome, mas o próprio não confirma. Vontade poucos não têm. Mesmo Itabira estando à beira de sua maior mudança econômica de seus centenários históricos.
Vicente Bernardes — Grande parte dos líderes políticos itabiranos citam seu nome. Contudo, Bernardes acha-se recolhido, parece estar desinteressado em enfrentar uma eleição municipal. Afinal, é um empresário bem-sucedido.
Outros nomes ficam na expectativa de serem citados em pesquisas ou por amigos. E nós, apenas expectadores, vamos acompanhando o desenrolar de tudo: pressa, esperteza, sabedoria, rasteiras e o tal zum-zum-zum.
José Sana
30/05/2023
Fotos: Arquivo e Redes Sociais
Nota da Redação: Não foram citados os partidos de cada “pretendente” por dois fatos: pode haver mudanças até o ano que vem e há acúmulo de nomes em determinados partidos.