- A Vale abriu o processo “fechamento de mina”, que significa, segundo se pode deduzir e comprovar, o processo de desativação total de minas, que envolve a remoção de infraestruturas e o encerramento da atividade mineral. Apresento uma listagem de 11 questões que seguem e pedem respostas de autoridades. Automaticamente, o município em que se dá a situação não teria que acompanhar, paralelamente, as ações técnicas? E por que não se faz esse trabalho em Itabira?
- O “fechamento de mina” envolve o acompanhamento da parte afetada pelos resultados sociais da iniciativa. Por que Itabira ainda não participa desse fórum de soluções econômicas?
- Itabira está em processo de inauguração de dezenas de praças, algumas desnecessariamente, pois que consomem gastos de milhões de reais. Como serão mantidas essas praças, sabendo-se que todas as construídas pela Vale, em atendimento à Licença de Operação Corretiva (LOC), foram depredadas pelo uso e abuso, porque não foram cuidadas. Serão daqui para a frente vigiadas 24 horas por dia?
- Diante da ocorrência do item 1 desta lista, a arrecadação municipal será radicalmente afetada, haverá uma recaída drástica de receita. Como serão supridos os valores para pagamento do funcionalismo da Prefeitura, do Saae, da Itaurb, dos pensionistas e aposentados?
5.Os vereadores que consomem gastos altos para sua atuação no sistema legislativo continuarão recebendo pagamentos pelo trabalho. onde virão os valores para cobrir as despesas, sabendo-se que o fechamento de minas consumir mais que o orçamento atual?
- Com a falta de recursos da queda drástica de impostos e outras fontes de arrecadação, como sobreviverão o comércio e as pequenas indústrias da cidade?
- Itabira tem, hoje, grande número de condomínios espalhados pela cidade, até na periferia. Com o esfriamento da economia, ficará a maioria fechada por falta de moradores. O que será dos prédios abandonados ou caindo seus valores no mercado? A Prefeitura reconhecerá a desvalorização e reduzirá drasticamente os valores hoje cobrados de IPTU?
- Itabira não tem água para sobreviver até por volta de 2026, ou mais adiante. É o ponto chave para atração de empreendimentos. Caso a Prefeitura se preocupe com a questão econômica, a falta de água não constitui mais um obstáculo para o desenvolvimento? Significa que agir no sentido de atrair empreendimentos agora seria perder tempo?
- Grande dúvida é,também, a Universidade Federal de Itajubá (Unifei). É, à primeira vista, o grande empreendimento que pode alavancar, junto da Faculdade de Medicina, a opção da Cidade Universitária Itabirana. Mas o prefeito já declarou que não investirá em iniciativas federais. Há uma solução para essa intrigante e preocupante questão?
- O governo reeleito tem anunciado que a sua concentração de esforços será em um ou mais distritos industriais. Somando-se a produção e o rendimento dos DIs que funcionam, ou dobrando a arrecadação de ambos existentes, não seria esse um caminho ainda insignificante para recuperar a economia itabirana?
- Dependendo de outras respostas, o governo municipal não pretende voltar suas vistas para o Parque Científico e Tecnológico (sequência da Unifei), Porto Seco e Aeroporto Industrial, que constavam de projetos anteriores a este governo?
PS-1.: Este documento, que será registrado em cartório, com novas assinaturas ou sem elas, abre a participação a todos os itabiranos, especialmente órgãos públicos e sociedade civil organizada, que queiram acompanhar e transformá-lo num manifesto que a cidade requer ou não requer.
PS-2 Que a minha alma e dos que amam Itabira tenham o pensamento do futuro e a certeza de que se não houver união jamais seremos uma nova comunidade num futuro que bate à nossa porta.
PS-2: Para qualquer mudança, corte, alteração, deixo o meu telefone/WhatsApp: 31-99529-8235.
Itabira, 10 de outubro de 2024.
José Almeida Sana