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Os vereadores de Itabira retornam nesta terça-feira (6), a partir de 14 horas, ao palco das repercussões de atos e fatos de sua competência. Os parlamentares retornam das férias regimentais de fim e início de ano e voltam com temas e, pelo andar da carruagem, que podem estourar a pauta de discussões.

Cresce dia a dia a oposição ao prefeito Marco Antônio Lage e o pior para ele é que, pelo que parece, está disposto a manter a sua estratégia de enfrentar o Poder Legislativo como dois pugilistas na arena.

Tradicionalmente em Itabira sempre o Poder Executivo vence quando faz seu papel de respeito e humildade.

VETOS

O primeiro ponto a ser analisado são os vetos interpostos pelo prefeito, os principais ao polêmico Plano de Cargos e Salários. Isso já vem com ameaça costumeira vinda do Palácio JK, ainda funcionando nas instalações da Funcesi. Se os vetos forem derrubados, Marco Antônio Lage já manda um recado forte: pode recorrer à Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin).

 

O chefe do executivo acredita que o Supremo Tribunal Federal  (STF) se posicionará a seu favor. Marquistas, ou pejorativamente como dizem, os “Malistas”, deixam entender que em Brasília o prefeito de Itabira tem força. É o grande segredo de seu mandato.

A Câmara tem como sério argumento a queda vertiginosa da receita municipal, fato que atinge, inicialmente, o quadro de salários dos servidores. “Onde tirar dinheiro para pagar o aumento de remunerações e encargos?” — questionam alguns entendidos, incluindo ex-secretários municipais.

ÁGUA

Esta é uma questão exageradamente quente, visto que está cada vez mais suja. Até agora não se sabem os motivos de faltar tanta água nas torneiras e, quando é liberada, o barro desce solto nos tanques. Ontem foi a vez do Bairro do Pará, dos mais chiques de Itabira, que recebeu a visita do ex-precioso líquido, apelidado de “água achocolatada”.

O pior para o prefeito é que ele preferiu encostar um projeto importante e a captação do Rio Tanque, prevista há 24 anos, às custas da Vale, nem ainda foi anunciada. Uma CPI está em andamento e promete resolver. E tem fogo para pegar.

LIXO

Outra cobrança de ação imediata será sobre o lixo, que conta também com o trabalho da CPI da Itaurb. Argumentam vereadores que Itabira voltou a ter crateras imensas, as estradas rurais estão destruídas e ainda existem pendências dentro da empresa de há muito questionadas.

 

Há, ainda a questão da Central de Resíduos, outra condicionante quase tricentenária da Licença Operacional Corretiva da Vale (LOC), desprezada pelo município, mesmo com a cidade entupida de lixo em todos os cantos.

 

FINALMENTE

A questão do presídio volta à tona com a ameaça até de parlamentar aliado ao prefeito de entrar na Justiça contra o Estado, a Vale e a Prefeitura contra a inércia do trilho de não resolver o problema que afeta centenas ou milhares de vítimas.

E por falar em inércia, volta também  à tona a questão da Unifei, há três anos com as obras paralisadas pela Prefeitura, fato sumamente importante para o futuro de Itabira, cujas ações ainda não tiveram investimentos municipais, apesar de o orçamento já ter consumido mais de R$ 3 bilhões de reais.

Conclusão de tudo: é provável que a reunião desta terça-feira só termine depois das eleições de outubro. Ou pode até acabar cedo porque Itabira está conquistando mais um título negativo que incorpora ao seu currículo: campeã mineira (quase brasileira) de casos de Dengue.

 

A REDAÇÃO

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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