Anunciamos a tomada da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) pela A VLI Multimodal S.A., na semana passada. Informamos que A VLI é uma empresa de logística do Brasil, que controla as concessionárias de transporte ferroviário de cargas Ferrovia Centro-Atlântica S.A. e Ferrovia Norte-Sul S.A., no trecho entre Açailândia e Palmas, totalizando 7.940 quilômetros de extensão.
OPERAÇÃO EM CIMA DA HORA
Foi dado a conhecer também que a empresa investe R$ 600 milhões para operar trens da velha ferrovia da Vale . Sabem o que representaria a transação? Nada mais, nada menos que a colocação em prática do chamado Porto Seco, um dos três projetos preparados em Itabira, nos governos anteriores ao atual para estabelecer a real redenção itabirana. Os outros projetos são o Parque Cientifico e Tecnológico, acoplado à Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e o Aeroporto Industrial, esse preparado ao lado da Rodovia Itabira-Nova Era.

Esse trem é o modelo da VLI Multimodal que ocupa o lugar da EFVM
A VLI já apoderou-se de sua aquisição. Técnicos comparecem diariamente a Itabira, acertando detalhes para a nova administração que inclui transporte de não só minério de ferro, mas, principalmente, todo tipo de carga a ser exportada.
A medida substitui o antigo modelo de direito de passagem, simplifica a relação com a Vale — sua acionista com 29,6% — e promete elevar a eficiência no corredor que conecta a malha da FCA, cuja renovação está em negociação com o governo federal. Do total investido, R$ 530 milhões serão destinados à compra de material rodante, e R$ 70 milhões a oficinas e estruturas operacionais.
ENQUANTO ISSO…
… o prefeito de Itabira e presidente da Associação Brasileira dos Municípios Mineradores (Amig Brasil), Marco Antônio Lage, estava rodando na mais diferente contramão de um gestor. Sabem onde ele aparecia e proferia seus discursos enigmáticos? Anotem: em Araçuaí, no Sudeste de Minas, Vale do Jequitinhonha, participando, na quinta-feira, dia 10 de junho, do Lithium Busines, evento que abordou o mercado de lítio, elemento químico (Li), um metal alcalino leve e reativo, encontrado na natureza em compostos.
Ele falou ao microfone da solenidade técnica. Ou melhor deu um show como prefeito que sabe abordar os temas definidos num provérbio conhecido da politicagem: “Façam o que eu falo, mas não façam o que eu faço”. Um exemplo, disse ele que “precisamos pensar no amanhã no que ocorre nas cidades quando as minas esgotam.” Nem parece que era ele.

Esse trem de passageiros não é mais operado pela Vale
Para quem sabe, qualquer cidadão itabirano conhece a sua administração, do prefeito em foco, de vez em quando faz discurso como esse de Araçuaí. Marco Lage disse também: “Quando os recursos acabam e as empresas vão embora, há um verdadeiro colapso socioeconômico (isso já ocorre em Itabira, a Vale já iniciou a contagem regressiva de extração mineral).Quer dizer, o prefeito não faz, mas fala que faz. Confira quem quiser.
A prova: está no topo desta informação tipo denúncia de “num tô nem aí”, como diz sempre o matuto da zona rural de Itabira. Pergunta: Marco Antônio Lage sabe de fatos que ocorrem na sua barba? Marco Antônio Lage tem conhecimento de que a empresa VLI Multimodal S.A pode até mesmo cortar o transporte de passageiros no ramal de Itabira (esse fato quase ocorreu em governos anteriores). A resposta para todas as perguntas é não.
Existe uma testemunha que, quem sabe pode mudar a cabeça do prefeito cabeça de marreta: o ex-vereador e atual secretário de Governo da Prefeitura de Itabira, Roberto Ferreira Chaves Foi um dos que ajudou na tarefa de Itabira não perder o trem. Será praticamente o fim deixar um grande projeto ser desprezado.
Acordem, itabiranos!
José Sana
Em 15/07/2025