Cerca de duas mil prostitutas de Belo Horizonte decidiram suspender atendimentos a seus clientes por tempo indeterminado, por conta do agravamento da pandemia de Covid-19 no Estado. Elas pedem para que o grupo de profissionais do sexo seja incluído entre os prioritários para a vacinação.
Segundo a reportagem do UOL, a paralisação foi confirmada pela presidente da Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig), Cida Vieira, que informou que não há previsão de retorno aos trabalhos.
“Nosso trabalho é de contato físico diário e com várias pessoas. Somos muito vulneráveis e tínhamos que ser incluídas em algum grupo de risco. Não queremos que nos passem na frente de ninguém, mas que nos vejam com olhos de humanidade”, disse ao UOL.
“Muitas de nós estamos sem ajuda e nenhum benefício e a fome começa a se instalar. A sociedade hipócrita precisa dos nossos serviços, mas nos repele. Muito preconceito e estigma, fato que aumentou com a pandemia”, disse ela, sugerindo a divulgação na imprensa de modo geral para sensibilização de autoridades.
JOVENS E ADOLESCENTES, CUIDADO!
“Fora do contexto profissionais existem grupos de risco que se apresentam como vulneráveis: das adolescentes, jovens e mesmo adultos que, não por dinheiro talvez, mas por falta de orientações, ou mesmo ‘necessidade’ se aventuram a procurar parceiros (as) que lhes satisfaçam. “Eis aí o grande risco que parece ser o mesmo das profissionais e não é, o que significa que lockdown agrava a situação principalmente neste caso”, esclareceu Cida.
Com: UOL/Pixabay/G-1/Istoé
Fotos: Uol/Istoé