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21 de janeiro de 2025 • 18:25

Leonardo Morais

Ferrovia Centro-Atlântica passa por Minas, Bahia, Alagoas, Espírito Santo, Goiás, São Paulo, além do estado do Rio de Janeiro | Crédito: Roberto Rocha/RR

A companhia de soluções logísticas VLI encerrou o processo de captação de R$ 1 bilhão em debêntures e se prepara para iniciar os investimentos na malha da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que corta Minas Gerais. No Estado, além da troca de trilhos e dormentes nos corredores logísticos, o montante a ser investido também será destinado à construção de pátios no Corredor Leste, que liga o Triângulo Mineiro aos portos do Espírito Santo.

Os aportes estavam previstos no processo de renovação antecipada da concessão que atualmente está em curso no Ministério dos Transportes. O novo contrato prevê a troca de 5,7 mil quilômetros de trilhos nos corredores Minas-Bahia e Minas-Rio, além dos corredores Centro-Leste e Centro-Sudeste.

Em comunicados anteriores, a VLI já havia informado que aproximadamente 50% dos investimentos previstos para a renovação antecipada das ferrovias FCA seriam destinados a Minas Gerais. No total, os aportes da VLI somam R$ 30 bilhões, que serão destinados para outorga e compensações, além de iniciativas com foco na melhoria da infraestrutura e compra de locomotivas.

Para concretizar as obras, cerca de R$ 600 milhões deverão ser aplicados na manutenção de trilhos e dormentes em todos os corredores logísticos da companhia. No projeto, também estão contemplados a manutenção de material rodante, com a substituição planejada de mais de 6 mil unidades de rodeiros de vagões, a um custo estimado de R$ 100 milhões.

O CEO da VLI, Fábio Marchiori, destaca que a companhia – que também opera portos e terminais – busca efetivar a transformação da logística no Brasil e com isso, investiu mais de R$ 14 bilhões apenas na FCA. “Esse valor corresponde a mais do que 100% do caixa gerado na operação da concessão, sendo que o excedente de investimento foi feito com aportes de capital”, pontua.

Além do montante citado, a VLI ressalta a realização de diversos aportes importantes destinados à construção e a modernização de terminais integradores que conectam o modal rodoviário ao ferroviário. O objetivo, segundo a empresa, é ampliar a eficiência da logística para o mercado de grãos, açúcar, fertilizantes, celulose, insumos e produtos siderúrgicos, minérios, dentre outros.

Isolada, FCA seria uma operação deficitária

De acordo com Marchiori, os aportes viabilizados são fruto de esforços promovidos por todo o ecossistema da VLI. Atualmente, a companhia conta ainda com terminais integradores e portuários, ferramentas digitais para integração rodoviária, além do compartilhamento de tecnologia, custos operacionais e despesas administrativas com os outros negócios da empresa.

O executivo acredita que, isolada, a FCA seria uma operação deficitária no Brasil. “Nossa proposta para renovação antecipada tem por objetivo trazer um equilíbrio para o negócio, garantindo um novo ciclo com investimentos bilionários, criando milhares de empregos e garantindo a sustentabilidade para a operação”, pontua.

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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