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O Museu de Itabira abriga a exposição “Resistir e Existir: A Capoeira Itabirana”, que conta a história da capoeira no município. O legado desenvolvido pelos capoeiristas Romério Almeida de Oliveira (Guayamum) e Jéssica Moraes Aleixo (Chula) está em destaque na mostra, que pode ser visitada de quarta a sexta-feira, das 9h às 17h, e nos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h, até o dia 24 de maio. O objetivo da exposição é homenagear os mestres e capoeiristas da cidade, mostrando a arte que é uma das maiores expressões das heranças culturais afro-brasileiras.

Logo na entrada, uma foto do casamento de Chula e Guayamum transmite a imagem do casal celebrando a data jogando capoeira. Na sala, uma série de símbolos e artefatos ligados à arte contam como a capoeira é importante expressão cultural brasileira e ainda abrange elementos das artes-marciais, esporte, cultura popular, dança e música.

“O casal se conheceu numa roda de capoeira e, desde então, se empenha para manter viva e pulsante essa cultura na cidade. Nesta exposição apresentamos aos visitantes um pouco do universo dessa arte ancestral e convidamos para uma reflexão sobre a importância da capoeira para a resistência e existência de um povo”, explica Vanessa Faria, gestora do Museu de Itabira.

As fotos destacadas na mostra também são registros de itabiranos. Ana Carolina Souza Veloso e José Tibúrcio captaram a importância histórica e cultural desta arte em Itabira.

Capoeira

A Capoeira foi considerada bem cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2008, e ainda foi considerado Patrimônio Cultural e Imaterial da Humanidade pela Unesco, em 2014. A arte está presente em mais de 150 países, além de ser considerada a principal propagadora da cultura afro-brasileira e da língua portuguesa no mundo. Sua origem vem dos povos escravizados e se difundiu por todo o país e hoje é considerada um dos maiores símbolos da cultura brasileira.

Com a capoeira é possível construir relações de sociabilidade e familiaridade entre mestres e discípulos, sendo difundida de modo oral e gestual nas ruas e academias.

O Museu de História de Itabira fica na Praça do Centenário, 116, no Centro Histórico. Mais informações: (31) 3839-2992.

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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