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Nivaldo Ferreira dos Santos

Nivaldo Ferreira dos Santos

Nivaldo Ferreira dos Santos, mestre em Administração Pública, professor, líder comunitário voluntário, servidor público, ex-secretário municipal do Meio Ambiente em Itabira, que acompanha detalhadamente o problema desde a decisiva Licença de Operação Corretiva (LOC) do Complexo Minerador de Itabira concedida à Vale em 18 de maio de 2000.

Por isso, mais uma vez (já o entrevistamos em várias ocasiões) agora com ele falamos no que chamamos de Água de Itabira em Cinco Questões com Um Mestre.

Notícia Seca — O que no momento interessa ao povo de Itabira de modo geral é o que lhe vou perguntar em seis  questões.  Acreditamos que você possa dar respostas objetivas e rápidas e que deixarão todos bem-informados e com crédito absoluto nas respostas.

Itabira vive o problema da falta de água mesmo agora passada a “seca”. Você, como conhecedor do problema, tem alguma sugestão para solução imediata pelo menos parcialmente para a próxima nova “seca” que vem aí?

Nivaldo —  Itabira vive o problema da falta de água mesmo agora passada a “seca”.

NS — Você, como conhecedor do problema, tem alguma sugestão para solução imediata pelo menos parcialmente para a próxima nova “seca” que vem aí ou para já?

Nivaldo —  Negociar com a Vale a disponibilização e o “transporte”/canalização da água captada em poços artesianos e não utilizada (parte dessa água é “descartada” pela empresa…), levando até a Estação de Tratamento de Água do SAAE mais próxima a cada poço artesiano… O custo do tratamento seria, inclusive, muito mais barato do que no caso da água captada na Barragem do Rio de Peixe, por exemplo..;

NS —  Você acredita na solução do problema definitivamente de acordo com o que foi anunciado pela administração anterior, com a captação do Rio Tanque?

Nivaldo — Não, a captação no Rio Tanque não é a melhor solução… Isso já está mais do que comprovado…

Manancial - Pureza

Manancial – Pureza

 NS—  Por quanto tempo e por quantas dificuldades teríamos que  fazer a captação proposta pelo governo anterior?

Nivaldo —  Itabira não precisa da água do Rio tanque. Um acréscimo de 200 litros por segundo pode ser obtido de mananciais mais próximos, conforme está previsto no estudo da Fundação Christiano Ottoni. Quem precisa da água do Rio Tanque é a Vale.

NS — Qual a melhor solução a seu ver e por quanto tempo demandaria a solução a ser alcançada?

Nivaldo —  A utilização da água captada e “descartada” pela Vale nos poços artesianos (ver a minha primeira colocação, no curto prazo (alguns meses ou em algumas semanas nos casos de poços artesianos que estão mais próximos de ETAs já em funcionamento). No médio prazo, observar/respeitar os estudos técnicos já realizados e captar, tratar e utilizar a água dos mananciais mais próximos (exemplos: Ribeirão São José, Cachoeira, Santa Cruz, Represa de “Dona Rita’ e outros…)… Em todos esses casos, investir ‘pra valer” na preservação e na recuperação de nascentes, matas ciliares e demais áreas degradadas nas bacias hidrográficas de cada uma dessas regiões.

 NS —  E a questão da turbidez da água. Você sabe o motivo e acredita que não há solução imediata para este problema?

Manancial de água suja

Manancial de água suja

Nivaldo — Acredito que a principal causa seja a má qualidade da água captada e a consequente dificuldade de realizar o tratamento… A solução seria utilizar fontes e/ou pontos de captação com água “bruta’ de melhor qualidade (ex.: Água já captada de poços artesianos e descartada pela Vale). Acho que esse seria um bom começo para chegarmos a soluções verdadeiramente viáveis e sustentáveis.

NS —  Muito obrigado.

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