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O setor educacional vive um ponto de inflexão: a pandemia da Covid acelerou o emprego de novas tecnologias, como o ensino a distância (EAD). O que era visto com receio por muitos alunos hoje se tornou um caminho sem volta. E as instituições perceberam isso.

Entre elas a Ânima (ANIM3), terceira maior empresa em número de alunos após a aquisição da Laureate Brasil por R$ 4,6 bilhões, recentemente aprovada pelo Conselho de Administração e Defesa Econômica (Cade).

Hoje a Ânima Educação reúne as faculdades UNA, Anhembi Morumbi, Milton Campos, São Judas, UNI-BH, Unisociesc, Unifacs, UNP, FMU e Laureate Brasil.

“Na nossa visão, a união da Laureate Brasil com Ânima é a maior fusão de ganho e geração de valor da educação superior brasileira”, afirma o CEO Marcelo Bueno (Foto: Divulgação/ FMU)

“Na nossa visão, a união da Laureate Brasil com Ânima é a maior fusão de ganho e geração de valor da educação superior brasileira”, afirma o CEO Marcelo Bueno (Foto: Divulgação/ FMU)

A empresa, que agora se consolida ainda mais com a chegada de marcas como Anhembi-Morumbi e FMU, aposta que o futuro da educação passa pelo ensino híbrido, ou seja, um ensino que mescle o presencial e o virtual.

MODELO HÍBRIDO

“Temos um modelo híbrido, que diante da pandemia se mostrou ser a melhor escolha. Fizemos essa opção há quatro anos, mais ou menos, quando alguns setores estavam começando a se movimentar”, aponta o Chief Executtive Officer (CEO) da Ânima, Marcelo Bueno, em entrevista ao Money Times.

“No futuro, não vai haver mais diferença entre presencial e EAD, o aluno que vai escolher o quanto ele quer de uso de tecnologia”, afirma CEO Marcelo Bueno (Foto: Divulgação)

“No futuro, não vai haver mais diferença entre presencial e EAD, o aluno que vai escolher o quanto ele quer de uso de tecnologia”, afirma CEO Marcelo Bueno (Foto: Divulgação)

O executivo afirma que o setor terá um processo parecido com o varejo. Antes, as empresas escolhiam entre investir no físico ou no digital. Hoje, elas perceberam que há integração entre os dois canais, o chamado “omnichannel”.

Diz Marcelo Bueno: “O consumidor não acorda de manhã pensando em comprar uma televisão pelo digital ou pelo varejo físico. Ele quer comprar uma televisão, não importa em qual canal”.

Com isso, na visão dele, essa divisão entre EAD e presencial pode estar chegando ao fim, deduz-se livremente.

“No futuro, não vai haver mais diferença entre presencial e EAD. É o aluno que vai escolher o quanto ele quer de uso de tecnologia para melhorar a vida dele”, palavras do CEO.

RESULTADOS E TENDÊNCIAS

Segundo o diretor financeiro da empresa, o Chief Financial Officer (CFO) André Tavares, os resultados do primeiro trimestre mostram que os alunos aprovam essa estratégia.

Em 7 de maio, o Ingenuity atingiu uma altura de 10m, antes de voar 129m para um novo local de pouso — Foto: Nasa

“Mesmo com a pandemia, nós não tivemos elevação da evasão. É um dos números que mais me deixa orgulhoso e confiante”, declara o CFO André Tavares (Foto: Divulgação)

Nos três primeiros meses do ano, a companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 56 milhões, alta de 28,5%, enquanto a receita saltou 22,8%, para R$ 416 milhões. A base de alunos cresceu 11,3% e o ticket médio subiu 12%.

A diretora de relações com os investidores, Marina Oehling Gelman, lembra ainda que o 1º trimestre do ano passado foi um trimestre não pandêmico.

“Tivemos somente 15 dias afetados. Esse crescimento vem em realidades completamente diferentes. O resultado trouxe a evidência dessa tese de qualidade”, diz.

Agora, a empresa olha para frente e vislumbra os ganhos potenciais com a aquisição da Laureate, que deverá gerar uma sinergia de R$ 350 milhões.

CHEGADA DA LAUREATE

Marcelo Bueno: “Na nossa visão, a união da Laureate Brasil com Ânima é a maior fusão de ganho e geração de valor da educação superior brasileira. O poder disso é como se todas as PUC se unissem no Brasil.

São marcas privadas tradicionais, que estão entregando educação de qualidade a 50, 60, 90 anos nas principais regiões do Brasil. Com essa união, a Ânima agora passa a cobrir acima de 75% do território nacional, com mais de 345 mil estudantes e mais de 18 mil educadores e educadoras com desafio de entregar educação de qualidade e com escala”.

AINDA BUENO E ANDRÉ TAVARES

Bueno: “Fizemos a primeira aquisição do ensino superior em 2003. Os grandes grupos nem existiam. Sempre crescemos por meio de fusões e aquisições. Achávamos uma região ou um bairro onde não estávamos e abríamos uma unidade porque a educação de qualidade atrairia as pessoas. Nós estamos sempre atentos para futuros negócios”.

Ele, informa: “Conseguimos colocar 145 mil estudantes para estudar em casa, em segurança, e com educação de qualidade. O nosso posicionamento de qualidade se mostrou correto. Não se pode comemorar nada na pandemia, mas acho que Ânima vai sair fortalecida desse processo.

André Tavares, o CFO, complementa: “Mesmo com a pandemia, nós não tivemos elevação da evasão. É um dos números que mais me deixa orgulhoso e confiantes”

Por Renan Dantas

NOTA DA REDAÇÃO

A Ânima Educação, que comanda a UNA, tem um trunfo desde 2019, quanto se instalou em Itabira, foi bem-recebida na terra de Drummond, onde está mostrando a sua força e contribuindo com boas notícias.

Faculdades UNA enxergam Itabira como cidade-polo de ensino e fizeram notável investimento com resultados que estão à mostra e servem de exemplo (Foto: Arquivo)

Faculdades UNA enxergam Itabira como cidade-polo de ensino e fizeram notável investimento com resultados que estão à mostra e servem de exemplo (Foto: Arquivo)

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