0

A Vale S.A. arrendou o transporte de riquezas pela Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) para a VLI Multimodal S.A e surge o escândalo silencioso: ninguém sabe de nada em Itabira

 

Como é possível o fato ocorrer? Basta ser omisso, basta viver de ilusões, basta ter um programa que nada tem a ver com o plano de governo, basta não ter responsabilidade e pensar somente em si. O fato está aí e pode ser conferido com dados da internet, com ações da nova empresa na Estação Ferroviária de Itabira. Nas reuniões da Câmara Municipal falam de tudo, até brigam,  xingam-se, menos toca no termo “porto seco”. Perguntar a cada um dos vereadores se tem conhecimento do fato eles não têm resposta. O prefeito vive num atordoante falatório, mas o tema passa a mil quilômetros dele.

Veículo da VLI Multimodal S.A. estacionado na Estação Ferroviária de Itabira.

AFINAL, O QUE É “PORTO SECO?”

 

Esse trem é o modelo da VLI Multimodal que ocupa o lugar da EFVM na alternativa “Porto Seco”

 

Vamos captar da análise geral do termo em economia: “Porto Seco, também conhecido como Estação Aduaneira do Interior (EADI), é uma área alfandegada,  localizada fora dos portos marítimos e aeroportos, onde ocorre a movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias. Essencialmente, funciona como uma extensão da alfândega, permitindo que processos logísticos e burocráticos sejam realizados em regiões do interior, mais próximas a polos industriais ou centros de distribuição.

 

O QUE TEM A VER P.S. COM ITABIRA?

 

Itabira já teve um ensaio de Porto Seco. Antes, nos anos de ouro da EFVM, ocorriam despachos de mercadorias, como madeira, mantimentos, mercadorias de grande espaço na Estação de Itabira, com pequena  infraestrutura utilizada para simplificar as operações logísticas de armazenagem e movimentação de cargas longe da costa do mar.

Diante disso, a alternativa constava de ações ligadas às alternativas econômicas para Itabira, claras e profícuas. Até o ano de 2020, mesmo com a extinção do pátio de manobras de trens na atual Avenida Mauro Ribeiro Lage, ocorria seu pleno funcionamento no Bairro do Campestre, na Estação Ferroviária João Paulo Pinheiro.

A função econômica, tida como um dos fatores da vocação itabirana, se  somaria à iniciativa do  Parque Científico e Tecnológico e do Aeroporto Industrial. Tudo isso sobrando por aí e imperceptível aos olhos do nosso fracassado pretenso político profissional, expressão que ele tanto combateu.

Pátio de manobras da Estação Ferroviária de Laboriau – Itabira – parte do “Porto Seco”

APARECEU O “ZÉ PEREIRA”

 

“O Zé Pereira teve um papel decisivo no carnaval brasileiro. O folguedo é considerado pela historiografia brasileira como o precursor do carnaval de rua, popular e da plebe no Brasil, que também lembra o “pão e circo”, ideia copiada pelo prefeito atual de Itabira, trazido de Roma para o pobre enganado”.

Talvez no fundo do quintal o porto seco possa ser lembrado, principalmente por secretários antigos, como Roberto Ferreira Chaves (Governo), Paulo Henrique Gomes de Figueiredo (Administração e Governança) e Júlio César de Araújo “Contador (Fazenda), os quais  teriam, sim, dadas as suas competências, alertarem-no: “Oh, meu caro prefeito, não precisa se preocupar em ser eficiente, basta lembrar-se de que abandonar o óbvio é pirraça e incompetência!”

 

José Sana

15/08/2025

Fotos: redes sociais e N.S.

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

    AS MINAS DO REI SALOMÃO E AS DO IMPERADOR MARCO

    Matéria Anterior
    0 0 votes
    Article Rating
    Subscribe
    Notify of
    guest
    0 Comentários
    Oldest
    Newest Most Voted
    Inline Feedbacks
    View all comments

    Você também pode gostar

    Mais em Cidades