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O Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD) promoveu, na última quarta-feira (20), uma assembleia com os membros da Irmandade Nossa Senhora das Dores (INSD) para prestação de contas da sua atuação em 2021, período mais desafiador em seus 163 anos de história — quando superou a fase mais aguda da pandemia de Covid-19.
Ao longo do último ano, a instituição hospitalar precisou enfrentar aumento de demanda, escassez de mão de obra, interrupção de atividades — como as cirurgias eletivas — falta de materiais, alta nos preços dos insumos, dentre outros desafios. Além disso, precisou desenvolver a sua infraestrutura, assim como lidar com o desgaste, físico e emocional, da sua equipe de profissionais.
“Essa prestação de contas é o cumprimento de exigências de órgãos públicos que a Irmandade precisa. Também é importante tomar consciência dos desafios e do caminho que foi feito. Se as dificuldades foram imensas por causa da pandemia, o enfrentamento foi muito sério e vitorioso. E se Deus quiser os desafios vão ser assumidos no restante deste ano e no próximo da forma mais séria possível, porque é isso que temos visto historicamente e temos dado passo positivo para o engrandecimento do nosso hospital”, afirmou Dom Marco Aurélio Gubiotti, presidente da INSD e do HNSD.

Dom Marco Aurélio Gubiotti, presidente da INSD e do HNSD

Entre janeiro e dezembro, o HNSD obteve R$ 112.926.453,72 de receitas operacionais. No mesmo período, arcou com R$ 114.011.422,03 em custos administrativos e operacionais. Dessa forma, fechou o ano de 2021 com um déficit de R$ 1.084.968, 31. Esse resultado negativo foi puxado, principalmente, pela alta nos preços de materiais hospitalares e medicamentos, com alguns insumos chegando a registrar 1000% de aumento, e com a queda de receitas, sobretudo devido a suspensão das cirurgias eletivas, uma importante fonte de renda para o hospital.
As principais fontes de receitas, levando em consideração apenas a estrutura do HNSD, são originadas na saúde suplementar, com R$ 53.366.385,34; doações, com R$ 507.932,62; Sistema Único de Saúde (SUS), com R$ 31.029.203,25; e resoluções e emendas parlamentares, com R$ 2.936.505,53. Além disso, o convênio de gestão do Pronto-Socorro Municipal de Itabira (PSMI) gerou R$ 19.820.376,95; e o do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) rendeu R$ 5.266.050,03.
Já as despesas ficaram divididas em: pessoal (R$ 37.305.004,71); honorários médicos (R$ 32.358.960,80); medicamentos e materiais (R$ 22.545.581,23); despesas, serviços e manutenção (R$ 12.615.235,74); repasse a terceiros e complementações de exames (R$ 5.889.228,08); despesas financeiras (R$ 942.184,87); e outras despesas (R$ 2.355.226,60).

Alexandre Coelho, diretor-executivo do HNSD

“É muito importante deixar claro e transparente a demonstração contábil realizada no ano de 2021. Além da prestação de contas financeiras, também mostrar a assistência realizada pelo HNSD no ano passado, que foi o mais difícil que enfrentamos. É importante deixar para conhecimento da Irmandade todo o trabalho realizado e o esforço de todos os colaboradores, da abnegação de médicos, profissionais da limpeza, recepção no enfrentamento da pandemia”, destacou Alexandre Coelho, diretor-executivo do HNSD.
Atendimentos
Ao longo de 2021, o HNSD realizou 80 mil atendimentos; 31.333 sessões de hemodiálise; e na oncologia foram 873 consultas de diagnóstico, 4.037 retornos de consultas, 6,262 sessões de quimioterapia e 346 cirurgias oncológicas. No centro cirúrgico, aconteceram 8.091 procedimentos; enquanto o Pronto Atendimento (PA) teve 39.890 atendimentos.
O SAMU recebeu, ao todo, 28.965 ligações e realizou 9.207 atendimentos com envio de ambulância. O PSMI, por sua vez, fez 77.528 atendimentos.
“Esse ano de 2021 foi de crescimento para todos nós. Foi um período de aprendizado, de saber estudar todos os cenários possíveis, de permitir todas as opiniões e de trabalhar no que é correto e melhor para nossos pacientes”, afirmou Márcio Antônio Labruna, provedor do HNSD.
Outros dados

Atualmente, o HNSD é referência para as microrregiões de saúde de Itabira, Guanhães e João Monlevade, totalizando 24 municípios atendidos e mais de 400 mil pessoas assistidas. O hospital, ainda, tem 106 leitos destinados ao SUS e 71 para a saúde suplementar — com 177 unidades ao todo. A instituição, ainda, possui 1.156 colaboradores.

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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