O governo indiano tenta uma manobra arriscada e desesperada para conter a inflação no país. O arroz, por exemplo, subiu em níveis alarmantes e as autoridades acreditam que, abastecendo o mercado interno, será possível barrar a disparada nos valores. E assim o fez.
Mas, ainda há outro motivo para a decisão inesperada: o fim do Acordo do Mar Negro entre Rússia e Ucrânia, que são grandes exportadores de trigo, fez o preço da commodity disparar com reajustes passando dos 10%. E isso não é tudo: como o trigo é componente para diversos alimentos, a Índia sabe que os aumentos serão em cadeia e o arroz é consumido em larga escala por toda a população, que não é pequena (1,428 bilhão).
Enquanto os produtores indianos ainda tentam entender o que está acontecendo, outros exportadores globais do arroz, como China, Tailândia, Cingapura e Bangcoc comemoram a medida. Eles acreditam que os valores devem aumentar por tonelada de US$ 50 a US$ 800, mas não têm como garantir nada. Por enquanto, o mercado espera mesmo é ver o que vai acontecer porque esse terreno é inconstante demais