Por unanimidade, a Câmara Municipal de Itabira rejeitou, na quinta-feira (9), em única discussão e votação, o projeto de resolução que dispõe sobre parecer prévio do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) referente à prestação de contas da Prefeitura de Itabira em 2016, último ano da gestão do então prefeito Damon Lázaro de Sena (PV).
A polêmica pode estar sendo criada depois do resultado da votação, Usando da prerrogativa de liberdade de expressão, direito e defesa, o ex-prefeito deu resposta ao procedimento dos parlamentares municipais de Itabira. Ele esperava ser convocado para explicações. Não o foi. Em consequência, declara-se decepcionado. Apresenta sua versão de fatos ocorridos até então.
PALAVRAS DE DAMON
“Que fique bem claro, estão chutando cachorro morto”, afirma Damon, que se explica: “Uso uma das máximas da politica porque tenho a convicção de que nunca mais disputarei cargos públicos”, acrescenta.
Em seguida, esclarece: “ O que dizer dos fatos? O TCE recomendou a não-aprovação das contas de 2016 em razão de um excesso de arrecadação. Ao final de todo governo muitos empenhos são cancelados, não foi diferente no meu governo. Porém, o decreto para cancelamento não foi cumprido por razões que dispensam comentários. Em consequência a esse fato, o governo seguinte alterou o decreto do meu governo, ano 2016. Tudo isso foi informado à Comissão de Finanças da Câmara. Por isso o relatório inicial favorável”.
E continua o ex-mandatário se defendendo: “Não sei por que o vereador Bernardo Rosa pediu vistas ao processo e, pior, ao contrário de se enveredar pelas recomendações do TCE, conseguiu fazer uma acusação, que ele deve provar documentalmente, porque isso nunca aconteceu no meu governo. O meu princípio sempre foi de zelar pela coisa pública e pelos princípios da honestidade, sinceridade e franqueza sempre a favor da coletividade. Cortei na própria carne quando acabei com a nossa máfia no Carlos Chagas. Estava tudo errado e, por último, quem paga é sempre o povo”.
Damon ainda declarou: “Meu governo foi vítima de campanhas de manipulação da opinião pública, quando não eram mentiras, eram meias-verdades. E hoje o prefeito Marco Antônio enfrenta o mesmo problema. Não conseguiu aprovar um empréstimo para trazer benefícios à cidade. Alguém, a exemplo dos 38 milhões de empréstimo do meu governo, já perguntou por que um empréstimo de 72 milhões de reais? Com certeza, não”.
“Me perguntaram o que vou fazer agora”, questiona Damon, que esclarece: “Respondo que vou esperar. Não ocorreu nenhum prejuízo aos cofres públicos. Quando informado pelo TCE da recomendação de não aprovação das contas de 2016, optei por não fazer a defesa junto ao TCE e sim aguardar a Câmara. Achei que iriam me intimar a fazer as minhas colocações, a minha defesa. Mas, simplesmente, desaprovaram”, concluiu.
Notícia Seca