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Data exatamente de 18 de maio de 2000 a assinatura da primeira e importante Licença de Operação Corretiva (LOC) com a mineradora Vale, em ato solene realizado no auditório da Fundação Carlos Drummond de Andrade, em Itabira. A água continua sendo o foco principal e o  “Projeto Rio Tanque” um instrumento depois inserido para substituir outro. Por aí se criou um divisor não só de águas, exemplo da transposição de bacias, como de opiniões da comunidade. Contra e a favor foram em excesso. Mas ficou decidido que o Tanque venceu a eleição de rios.

ATENÇÃO PARA O SEMINÁRIO

O seminário terá início às 8h15 e o encerramento às 11h50, permitindo-se perguntas aos palestrantes, sendo um deles o representante da Empresa de Consultoria em Projetos de Engenharia (Aecom). Os patrocinadores e/ou copromotores são vários, mencionados no programa (ver quadro), comandados pela principal responsável, a Prefeitura de Itabira.

QUANDO CHEGA A ÁGUA?

Em 18 de maio próximo fará 22 anos que Itabira já acumula crises seguidas de falta de água, com vários bairros sobrevivendo na seca, a exemplo do maior de todos, o Jardim da Gabiroba. Neste vasto tempo de paciência e torneiras secas, sempre foram discutidas questões jamais solucionadas.

No governo passado (2017-2020), do prefeito Ronaldo Lage Magalhães, foi publicado um vídeo que consegue iludir o itabirano. Muitos pensavam que a água jorrasse abundantemente  na cidade, na zona rural e nos distritos. Mas era apenas um programa enganoso, daqueles próprios de campanha eleitoral que, todavia, nas urnas teve a resposta. Venceu o atual prefeito Marco Antônio Lage, também prometedor de promover solução.

Um ano e três meses governando Itabira, Marco Lage vem mostrar ao itabirano que precisa zerar o velocímetro de espera, talvez por mais uns cinco anos, para entender que a cidade não só oferece boas condições de vida, como também tem o recurso para permitir que empresas venham e se instalar na cidade. Sem água, com certeza, não haverá incumbência do setor de desenvolvimento econômico, nem empregos para os moradores locais.

CONDICIONANTES ESQUECIDAS

Entre as mais de 50 condicionantes da LOC de 2000 as numeradas de 11 a  15 estão diretamente relacionadas à água, com destaque para a  12 e “12.A”. Elas tratam diretamente do abastecimento público – a número 12 definiu as ações consideradas “de curto prazo” na época da aprovação e a “12.A” definiu que “as ações de médio e longo prazo deveriam ser contempladas em cronograma a ser apresentado pela Vale à Feam até fevereiro de 2001”.

Nada feito, portanto, a cidade está sofrendo muito, ninguém precisa fazer pesquisa nem perguntar se adora  viver sem o líquido mais importante da vida.

Notícia Seca

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

    PLR da Vale injetou cerca de 60 milhões de reais no mercado itabirano.

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