A pergunta corria nos bastidores do Vaticano: quem está certo, o papa ou o cardeal? Ambos são de respeito e merecem até a nossa genuflexão. Ninguém sabe, a dúvida persiste, e são questões antagônicas. Aí vem uma figura abaixo do cardeal, o bispo, e acerta os ponteiros: “A imprensa é livre, fala o que quiser e o que lhe vem na cabeça; não lhes deem olhos, nem ouvidos; se falar que alguém é bandido, deixa como está, sem resposta, o tempo apaga tudo. Se falar o contrário, sem marginal, o alvo é um santo, deixe correr também à vontade”.
O bispado venceu o cardinalício e o papado. Por enquanto, diria, a vitória é do prelado hierarquicamente inferior.
PANDEMIA DESRESPEITADA
Mas o que ocorre hoje não se enquadra , obviamente, no contexto acima, embora pareça que um lado está exatamente pensando ser infalível, intocável, a “lógica” do bispo. A pergunta estaciona-se, historicamente, ligada a uma questão de guerra. O mundo guerreia com unhas e dentes, mesmo por questões mesquinhas, irmãos contra irmãos, desde os primórdios da civilização. E seus mandachuvas ainda falam em evolução, quando desrespeitam incrivelmente 7,8 bilhões de seres humanos que enfrentam uma pandemia desconhecida.
E aí cabe a citação de um romance (meu, de cabeceira) e filme, título deste Editorial que muito bem se enquadra, apesar de tudo ser questionável, a nosso ver, no contexto atual: por quem os sinos dobram? Resposta: para ambos os lados. Apesar de sobreviverem os fanáticos de ambos os posicionamentos.
OS SINOS REPICAM
É preciso repetir sempre que este site, a exemplo, modestamente, do romance de Ernest Hemingway (For Whom The Bell Tolls, 1940), não tem pretensões de liderança, jamais, sequer ambiciona disputar uma competição contra algum outro, mesmo que se inspire na obra que analisa, sentimentalmente, a Guerra Civil Espanhola.
Se pretendesse abriria suas páginas a uma categoria que não tem, a policial. Não é esta a nossa praia. Ou seja, a opção é paz, sempre paz, somente a paz. Fora da harmonia, absolutamente nada, custa o que custar, até um humilhante acordo de quem publicamente discorda. Este é o herói, sim, valente, silencioso e sem pretensões humanas. Acredite quem quiser.
PLANO B, O EPITÁFIO
Ontem (12/04/2021) fez um mês que estamos no ar. Secamente, reconhecemos que chegamos apenas próximos de dez mil alistados e frequentadores eventuais. É uma modesta conquista, mas não temos pressa. Até por que, também, há um Plano B, que pretende, isto sim, ser um longo epitáfio para que nossos netos, bisnetos, trinetos, a geração vindoura, todos reflitam e possam julgar secamente o que lhes convier, utilizando o raciocínio lógico. Este objetivo, consideramos perfeitamente pré-realizado, não temos dúvidas.
As novas gerações saberão por quem os sinos dobraram nestes dias conturbados da vida na Terra. E se continuam dobrando para além de nossas vidas e de nossas mortes.
QUEM SOMOS NÓS?
Voltando à paz e ao valente humilde, uma pergunta: o que queremos? Desejamos o que o ser humano insiste em não entender. O que não quer reconhecer? Que ele, ou nós, desde os primórdios da civilização, nunca desejamos, na prática, a paz verdadeira. Por que nunca desejamos este bem divino? Resposta fatal: porque insistimos em não reconhecer que somos trapos insignificantes, moradores descartáveis do planeta.
Não conhecemos a nossa origem, desconhecemos quase sempre a nossa missão e sequer temos resposta para o inquietante e simplório questionamento: quem somos nós?
EXISTE REGRA SALVADORA?
Qual, então, é a regra salvadora? Não acompanhar o bispo, disto pode ter-se a certeza. Acompanhe-o quem quer quebrar a cara no fim. É o mesmo que não seguir somente a própria vontade vaidosa e questionável. Conclusão: entender por quem os sinos dobram. E acreditar que chega de discórdia, brigas, litígios, armações sutis, de guerra!
ATÉ A PAZ CHEGAR
Que a quietude reine para sempre, só depende de um lado. Seria, ou será, algo inédito que nunca aconteceu na face deste mundo, é a nossa sincera proposta. Para concluir, Notícia Seca se curva humildemente diante de todos, embora continue desafiando todos com a pergunta inquietante: por quem os sinos dobram?
A Editoria
Em 13/04/2021
Fotos: Redes Sociais
A citação no livro homónimo de Ernest Hemingway é: Não pergunte por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti.
A guerra civil espanhola foi um dos momentos mais triste da humanidade, com o General Franco e terminando a população. A resistência era massacrada. Quando os sinos dobravam, o povo se perguntava se o enterro era de um franquista ou de um resistente. A resposta, eles dobram por ti, significa que, numa situação de guerra, o próximo enterro pode ser o nosso. Ou de alguém muito próximo. É o que acontece hoje no Brasil. Os sinos dobram por nós.
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A citação do livro homônimo é lembrada no texto, inclusive com uma imagem.
Os sinos sempre dobrarão por todos aqueles que desejarem firmemente e conscientenente a paz. Por todos aqueles que fizerem alguma coisa para alcançá-la. Que se embuirem do verdadeiro espírito de fé, de solidariedade, de compreensão do outro. É um sonho distante, mas não impossível. Muitos vão alcançar a vida ideal, outros, porém , voltarão e viverão outraa vidas, outros tempo, outras provações até que aprendam a lição! Eu creio!
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