Você sabe quem é Vinicius Aparecido de Souza, cidadão, líder comunitário, presidente da Associação da Comunidade Quilombola Morro Santo Antônio. Também conhece Solimar José Silva, ex-vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Itabira. Agora vai saber o que ambos, ao lado da comunidade local, realizaram para transformar o aglomerado rural no espaço notável de cultura e patrimônio público.
O QUE É COMUNIDADE QUILOMBOLA?
“Quilombolas são os descendentes e remanescentes de comunidades formadas por escravizados fugitivos (os quilombos), entre o século XVI e o ano de 1888 (quando houve a abolição da escravatura), no Brasil. Atualmente as comunidades quilombolas estão presentes em todo o território brasileiro, e nelas se encontra uma rica cultura, baseada na ancestralidade negra, indígena e branca” (site quilombola). Esta a definição e, basicamente o resumo da representatividade dos quilombos.
ONDE EXISTEM QUILOMBOS NA REGIÃO DE ITABIRA?
Estudantes, estudiosos, gente culta e bem informada sabe que Itabira existem dois grupos certificados: do Morro Santo Antônio, a 25 quilômetros do perímetro urbano, que detém a certificação desde 2011. Mais antiga é a do Barro Preto, na zona rural de Santa Maria de Itabira.
Os três agrupamentos de ex-escravos é regido pela Resolução de Tombamento em seu artigo 216 que assim se descreve: “Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: […] § 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos. Fonte: Constituição Federal de 1988”.
BATE-PAPO COM O EX-VEREADOR SOLIMAR
Como foi dito, Solimar José Silva é ex-vereador, ex-presidente da Câmara Municipal de Itabira e um dos responsáveis pela existência do grupo Quilombola da Comunidade Morro Santo Antônio, além de candidato a vereador nas próximas eleições de 6 de outubro vindouro. Com ele, a reportagem de Notícia Seca manteve o seguinte bate-papo:
N.S. — Quantos moradores existem hoje no Morro Santo Antônio?
Solimar — São 65 famílias quilombolas e alguns sitiantes.
N.S. — Em que ano foi certificada a comunidade de Morro Santo Antônio:
Solimar — Em 2011.
N.S. — Quem participou do trabalho de organização junto de você?
Solimar — Na verdade a concretização dos objetivos são devidos principalmente à comunidade local e façamos justiça ao presidente da associação Vinícius Aparecido de Souza.
N.S. — Você continua acompanhando o trabalho da comunidade quilombola de Morro Santo Antônio?
Solimar — Continuo, sim, acompanhando a comunidade através do Vinícius e nosso objetivo agora é buscar a titulação de território quilombola através da qual conseguiremos recursos para investimento na infraestrutura e cultura local.
José Sana
Em 10/09/2024
Fotos: Câmara Municipal de Itabira