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Li certa vez no livro “Se eu pudesse viver minha vida novamente…” de Rubens Alves, a seguinte frase: “Somente na velhice nos reencontramos com a infância”. E eu, concordo plenamente com o autor. Quando percebemos, o tempo passou e chegamos à velhice. Aposentamos e temos mais tempo para refletir, buscar na memória as lembranças do passado por vezes adormecidas e aí nos reencontramos com a infância. Quanta saudade! Reportamos então, aos questionamentos muito comuns a várias pessoas. Muitos, por exemplo, passam décadas buscando sonhos, cobiças, paixões. Tornam-se ansiosos, tensos, às vezes despreparados para a chegada dessa nova etapa da vida. O momento é de ver, observar, contemplar a vida que é o manifesto do amor de Deus.

Em minhas reflexões diárias busco a resposta para a pergunta que não é só minha: “O que cada um de nós veio fazer nesse mundo?” Se pensamos que a razão da vida é aproveitarmos o máximo de prazer que cada segundo de hora possa nos proporcionar, comermos e bebermos do bom e do melhor, levarmos uma vida desordenada, nada do que vivemos teria sentido. Nossa missão acabaria aqui na terra. Tenho a certeza de que existe um porque em tudo que vivemos. Para isso temos que penetrar nas profundezas do nosso coração, pedir Luz para nos orientar. Precisamos aprender a dizer não para as vozes interiores que nos atormentam e nos libertarmos dos pensamentos que nos impedem de participar do milagre da transformação.

O motivo pelo qual Deus nos escolheu pode ser para aprendermos a amar, fortalecer e aprimorar o nosso espírito. Ganhar dinheiro, alimentar bem, divertir, faz parte da vida, contudo não pode ser a razão dela. Tudo o que temos, nossos bens materiais, nossos filhos, nosso cônjuge, nosso corpo, na verdade não são nossos. Nós somos apenas nossa alma. Precisaremos ter olhos de ver, ouvidos de ouvir, para que nas obras da natureza, possamos sentir a presença de Deus. Aproveitarmos as oportunidades que nos são oferecidas, buscarmos a sabedoria, a força para o aprimoramento como seres espirituais que somos. A beleza do mundo que encanta nossos olhos, também nos fortalece a alma e nos leva à comunhão com o Criador.

Buscando a paz, a liberdade, a serenidade, na certa encontraremos o silêncio. E através do silêncio, chegaremos a Deus. Com certeza está aí o sentido da nossa vida e do nosso destino. Temos uma consciência e talvez seja essa a condição de estarmos aqui e existir nessa terra.

Maria Flor de Maio
Maria Flor de Maio Ferreira Muzzi reside em Caeté-MG. Aposentada como servidor público da Administração Direta do Estado no cargo de Gestor Fazendário. Trabalhou também como professora de Ensino Fundamental em Escolas Estaduais de Caeté. Casada, mãe de três filhos e seis netos; além de escritora, é poetisa.

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