Há, ainda, os realistas, mas esses têm a maioria covarde que não sai da zona de conforto. No meu ponto quase independente (confesso que não chego a cem por cento), sou obrigado a manter-me ora isolado, sempre transparente e fugindo de favores que, com certeza, comprometem a verdade. É o que interessa.
Resumo: numa de minhas pesquisas impostas diante do fato indesejável das tais obras da Unifei paralisadas, deparo-me com um intocável item número 1, que pode, inevitavelmente, ser encaixado num presságio, transformado em poema, que advém da pena castiça de nosso conterrâneo Carlos Drummond de Andrade. Ele, o verso, diz, no seu bojo: “Existe uma pedra no meio do caminho”.
Por enquanto, não me perguntem quem foi o herói do encaixe de uma estrofe com uma advertência. Basta que consultem os anais da economia, das finanças, olhando pelo prisma jurídico. “Itabira está revelando que não tem o principal quesito para receber empresas”, copio a frase de um entendido do assunto que acaba soltando a bomba de que desconfio faz alguns dias: “Vocês vivem a plena insegurança jurídica!”
— Como assim? — esta a minha mais retardada pergunta tipo clichê. Meu Deus! A lógica que me adveio nem permitiu que respirasse com uma simples emenda:
“— A Unifei cumpriu sua responsabilidade, implementando nove cursos de engenharia em Itabira, que já capacitam 3.000 alunos. E já tem uma história de lutas mais extensa que 15 anos
— A Vale cumpriu a sua responsabilidade de investir nos equipamentos de ponta, os laboratórios.
— Itabira não honra o compromisso firmado contratualmente, do qual é responsável pela construção do campus, deixando a cidade sem o elo fundamental de possuir uma incubadora de empresas bem estruturada”.
Fim de papo. Estou apreensivo e ao mesmo esperançoso, porque acredito ter atingido a um patamar de conhecimento suficiente que pode ser um degrau da escada rumo ao futuro.
O prefeito Marco Antônio Lage, com certeza, irá rever a sua posição e entender que decisões como estas não podem ser unilaterais e levadas como se a ação mais importante do futuro de Itabira seja algo colhido no fundo de quintal.
O chefe do executivo é o responsável por retirar, imediatamente, a pedra do caminho ou, caso mereçamos a injustiça, fazer o obstáculo condenar gerações a um futuro sem vida, sem força, sem fé.
Imagens: Redes Sociais
José Sana
Em 01/06/2023