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Mas quis Deus que eu deixasse de ser um bobalhão e ficasse apenas com o epíteto bobo, mais simples e menos destacado. Em BH, na época do ensino médio, gostava de fazer zoadas em passeatas esquerdistas para azucrinar os mais velhos e implicantes. Até que me deixassem em paz.

No terceiro grau de ensino, na Fafi-BH, me arrisquei num comício anti-governo, na Praça da Rodoviária, com meu primo Zé Flávio e acabamos indo para o xilindró. O policial nos disse isto, integralmente: “Vocês não fizeram nada, mas vão presos assim mesmo”.

Quase varamos a madrugada no Dosp, felizmente não passamos pela sala de tortura. Dispensados, com cara de crianças, descemos a Afonso Pena e fomos alfinetados de novo, desta vez pelo alçapão anti-vadiagem, o “carburão”. Dramático e hilário, nunca vi estudante vadio, a não ser os determinantemente malandros, o que não era o nosso caso.

O tempo passou, tornei-me vereador em Itabira, inscrito no MDB, mas que tinha uma resposta na ponta da língua, como esta, dita a um assessor do governador Ozanam Coelho durante o Encontro Estadual de Cidades Mineradoras que promovemos em junho/julho de 1978. Ele me perguntou:

– Você é direita ou esquerda?

Minha resposta imediata:

– Sou redondo. Não tenho lado.

O tempo passou, resolvi estudar História, ser professor por algum tempo; também acrescentar ao currículo duas pós-graduações e, finalmente, Letras. Estudei Inglês e Francês para viajar por algumas cidades do mundo, detendo-me mais na geopolítica para entender das manobras que se movem no rumo dos inoperantes líderes mundiais. Ler e viajar tornou-se meu leme para guiar uma canoa segura e sem furos.

Aproximo-me do tema de hoje: o mundo vive uma estupidez lamentável, uma espécie de conspiração, lá fora quase todos de olho no Brasil, dos poucos países do mundo que vão dando certo. Além de extenso geograficamente, economicamente rico, populoso e dos poucos resistentes contra o terrorismo que ronda a face do Planeta Terra. Resistente pelo fato de ser, na verdade, uma ilha cercada de bandeiras vermelhas por todos os lados, exemplos de fracasso econômico, social, financeiro e governamental, uns mais antigos, como Cuba, Venezuela, Colômbia, Bolívia, Peru, Panamá e os mais recentes, Chile e Argentina. Esses últimos tornaram-se, da noite para o dia, retratos do inferno. Quem duvida, vá a esses sofredores ou informe-se via fontes fidedignas.

Se seguirmos o que dizem os próceres da esquerda desnorteada, entenderemos o quanto nos revelam o desejo ver o brasileiro infeliz. Há, indiscutivelmente, três vertentes de esquerdismo no Brasil: a esquerda caviar, rica, que atingiu o seu ápice de fortuna, cuidando de seus iates e haréns; a esquerda massacrada, paupérrima, ignorante, desinformada e a classe média besta, a que a tropa pré-comunista quer colocar para pedir esmolas, pensando por ela e bloqueando a inteligência de filhos de Deus.

No domingo, 2 de outubro de 2022, teremos eleições presidenciais da República, dos Estados e parlamentares brasileiras. Não será decidido quem vai governar por mais quatro anos, A ou B. Teremos a escolha de um governo: comunista e ditatorial ou democrática e livre.

O governo atual vem sofrendo incríveis perseguições desde o seu primeiro dia, inacreditável o que se vê, a imprensa de modo geral já deixou de informar para exercer a simples e vergonhosa função inédita de ativista.

A partir de segunda-feira, 3 de outubro, saberemos: o Brasil continua a sua trajetória de temente a Deus, defensor da Pátria e amante da liberdade; ou um país masoquista, que persegue a corrupção, a fome e a ditadura.

José Sana

OBS.: Para alguns descuidados, o Muro de Berlim já foi derrubado, mas as restrições da Esquerda contra os residentes no lado Oriental continuam valendo e proíbem a transposição para o lado Ocidental.

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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