Se Jesus Cristo aqui voltasse, como dizem as religiões, seria novamente julgado, condenado, injustiçado, coroado de espinhos, maltratado e crucificado. A ignorância do ser humano não mudou um centímetro em direção à razão. Eis a prova de que nada melhora neste mundo, a começar pelo Natal.
Não vou me referir à ornamentação de ruas, com luzes belas e inéditas. Isso é o custo de nossas próprias contribuições, dos impostos que os socialistas não param de aumentar para maltratar a economia do povo, já vilipendiada.
E o Natal verdadeiro? Em algumas casas de itabiranos rezam novenas como preparação para lembrar o ocorrido onde hoje se trava uma guerra inimaginável, onde, de fato, Jesus nasceu.
Se um interessado qualquer resolver percorrer a área super iluminada de Itabira nestes dias festivos, e perguntar a um por um por um o que significa a luz naqueles espaços, com certeza ouvirá uma só resposta: “Vamos comprar presentes, vamos comer perus e frangos, vamos beber até ficar chapados”.
Enquanto isso, sob o tormento de 100 mil carros em vias ainda esburacadas, com sons absurdos de decibéis insuportáveis, nós, doidos, caminhamos para lá e para cá gritando nos ouvidos de quem está perto de nós, porque o controle da zoeira na terra de Drummond não é feito, vivemos o eterno suplício da pressa de ganhar dinheiro uns, e poder outros.
Ah… descobri o deus de quase todos os religiosos de todas as doutrinas: o dinheiro, aquele que está jorrando pelos ares na cidade e que, a partir de daqui a um ano, estará minguando paulatinamente nos bolsos da maioria. Par a par dessa ocorrência — o vil metal girando e pousando em contas de magnatas — esses donos têm aonde vão aterrissar porque só os pobres ficarão, miseráveis esses que povoam a classe sustentáculo do mundo, a média.
O nome socialismo é bonito, o caminho ao comunismo fica escondido mas pertinho. O motivo da clandestinidade é esta: quem ama viver com a ideologia na moita nunca revela e quando resolve abrir a boca, pode se fazer um estudo nele, antes de ser gente já era um idiota de cueca na mão.
Não vou deixar de cumprimentar quem me lê no Natal, é claro. Nem tudo é baderna. Que o Natal seja como o grande Aniversariante do dia 25 quer sob a luz que desponta da bondade divina. Lutamos pela união universal, cada vez mais distante, porque ali na gritaria do mundo não há união.
Há tempo para o arrependimento. A culpa de toda guerra nasce de cima, dos que amam desesperadamente o poder, não têm ética para segurar o osso como um vira-latas de fome desvairada.
José Sana
Em 14/12/2023