Faço do aludido clichê, a nossa modesta estreia na coluna. Caro leitor, com toda certeza o tema em análise não é nenhuma novidade, já que não raras as vezes a abordagem se fez presente em outras publicações. Mas, gostaria de deixar aqui meu “pitaco”.
Lembrando que qualquer semelhança com a realidade será mera coincidência.
Há tempos observo com cautela o comportamento de alguns amigos. Vez por outra, em se tratando de aquisições, alguns dos quais dizem ter preferência por comprar fora da cidade (trágico), por várias razões. Dentre elas, o atendimento que deixa a desejar!
Pois bem, apesar de ser advogado, sobre o tema me sinto confortável para tecer algumas considerações, já que em minha carteira de clientes atendo algumas empresas na cidade e região, em demandas de toda ordem. Reclamações sobre o atendimento são recorrentes em nossa querida cidade. Preço é o segundo vilão. Além de deixar o cliente insatisfeito, este faz das redes sociais a sua “arena de desabafo”.
Isso é péssimo, pois, uma vez mal atendido posta nas famigeradas toda sua frustração, pouco se importando com os prejuízos que possa provocar ao exercer, com excesso, seu direito (Artigo 187 da lei 10.406/2002), evento este, polêmico, a ser discutido em nossa próxima prosa.
Particularmente, considero o comércio uma escola da vida. Veja que nas aquisições de bens de consumo, ou de serviços, o dinheiro do rico ou do pobre tem o mesmo valor. Tecnicamente falando, o comércio une as classes nessa troca constante. Então, o que se vê é uma certa rejeição pelo comércio local, levando-se a crer que algumas empresas ainda não atinaram para tal evento, considerando o fácil acesso do cidadão aos meios digitais (Telegram, WhatsApp…).
Neste momento, peço as devidas vênias para apontar um vício recorrente, qual seja, boa parte preocupa-se somente com a venda, deixando de lado o pós-venda, que é a satisfação do cliente, o maior “garoto propaganda”. Confesso que já passei por isso, onde infelizmente somos vitimados por profissionais indiferentes aos direitos de consumidor entabulado na lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor). Tema relevante para uma próxima oportunidade.
Para o bom entendimento da matéria, diz a lenda que por aqui só se é bem atendido caso seja amigo do atendente (discordo, só se atende bem quem é preparado, profissionalmente falando).
Outra lenda diz que tal situação ocorre porque fulano de tal é “ruim de serviço”. Ou, tragicamente falando, o “comerciante foi mal educado”. Seria questão de cultura local, ou casos a parte? Pode ser um ou outro caso. Mas, a bem da verdade, é que o perfil do consumidor evoluiu e está mais exigente, haja vista que sabe dos seus direitos e do peso que tem nas relações consumeristas, Olha que tema pertinente para outra “oportunidade”!
Então vamos direto ao ponto, não se pode comprometer o bom desempenho das atividades sem profissionais preparados e entusiasmados com o nobre ofício, simples assim.
Noutro giro, não se pode fechar os olhos para a questão jurídica da coisa. É preciso buscar orientação profissional do Advogado. Entre nós, Itabira tem bons profissionais. Sem querer puxar a brasa para nossa sardinha! (risos)
Então não seria o momento de fazer o “mea culpa”, por colocar seu negócio em risco? Não estaria queimando energia com aquele (a) que não tem o dom para os negócios?
Outra questão relevante é ignorar o que se está vendendo. A falta de interesse e a busca por informação técnica do produto também levam a perda do cliente. Então, pense nisso. É preciso profissionalizar, investir no RH, buscar apoio jurídico, e mais, selecionar quem realmente se adequa ao perfil de sua empresa. Em suma, não dá mais para deixar o cliente buscar noutra cidade o que se tem por aqui.
As grandes redes do varejo já perceberam isto, e começam a migrar para o interior. Cidades como Itabira, são as “meninas dos olhos”, desses “gigantes do varejo.”
Encerro aqui com a velha máxima, a de que “o olho do dono é que engorda o gado”, Forte abraço! Pense nisto, sucesso para todos!
Gostei muito!
Obrigado pela participação
Grato
Muito bem debatido o assunto.
Obrigado pela participação. Continue conosco.