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Desde 1999, quando foi criado o Instituto Estrada Real, a data — 19 de outubro de 2023 —  pode ser considerada uma das mais importantes da rota turística brasileira denominada Estrada Real. Nessa data, e ligado ao Sistema Fiemg o Instituto Estrada Real tem como objetivos organizar, fomentar e gerenciar o produto turístico Estrada Real.

A Lei 14.968 oficializa o senho de grandes  idealistas que acreditaram no projeto a partir da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg)

 

A Estrada Real é a maior rota turística do país. São mais de 1.630 quilômetros de extensão, passando por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Hoje, ela resgata as tradições do percurso valorizando a identidade e as belezas da região. É dividida em Caminho Novo e Caminho Velho, além da Rota dos Diamantes.

 

Saindo do papel

 

Na verdade, o momento inicial da Estrada Real teve a notável participação do distrito itabirano de Ipoema, no governo Ronaldo Magalhães, tendo Eleni Cássia Vieira e seu irmão Reinaldo Vieira como os principais direcionadores.

Organizando um roteiro determinado pelas cidades, a revista DeFato e o site DeFa Online fez o percurso do trajeto em três ocasiões, a partir de 2004. Teve um grupo que foi denominado Ronsarão — Roneijober Andrade, José e Afra Sana e Sérgio Mourão — e vários outros. O percurso da DeFato incluiu Lisboa, em Portugal, onde a Baixa Pombalina foi destacada como marco, reconstruída depois de um terremoto que destruiu parte de Lisboa.

 

Renasce uma história

 

A sua história surge em meados do século 18, quando a Coroa Portuguesa decidiu oficializar os caminhos para o trânsito de ouro e diamantes de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro. As trilhas que foram delegadas pela realeza ganharam o nome de Estrada Real

Histórias e memórias permeiam cada canto da Estrada Real. Mas, além de sua rica bagagem cultural, os caminhos dessa estrada abrigam alguns dos cenários mais belos do Brasil, entre eles a Serra do Espinhaço, a Serra da Piedade e a Serra dos Órgãos.

 

Daqui para a frente será outra história, conhecida também em lei a rota terá grande visibilidade e por ela surgirão novos jornalistas, escritores, poetas, artistas de todas as naturezas e, como consequência, a exploração turística com grande campo aberto.

Esta e a Lei

 

 

“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

 

Art. 1º Fica erigido em monumento nacional o Caminho da Estrada Real, que abrange os Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, cujos Distritos e Municípios integrantes são:

 

Acaiaca, Aiuruoca, Alagoa, Alfredo Vasconcelos, Alto Rio Doce, Alvinópolis, Alvorada de Minas, Andrelândia, Antônio Carlos, Areal, Areias, Baependi, Barão de Cocais, Barbacena, Barroso, Bela Vista de Minas, Belmiro Braga, Belo Vale, Bias Fortes, Bom Jesus do Amparo, Cachoeira do Campo, Cachoeira Paulista, Caeté, Cambuquira, Capela Nova, Caranaíba, Carandaí, Carmésia, Carmo de Minas, Carrancas, Casa Grande, Catas Altas, Catas Altas da Noruega, Caxambu, Chácara, Chiador, Cipotânea, Comendador Levy Gasparian, Conceição da Barra de Minas, Conceição do Mato Dentro, Conceição do Rio Verde, Congonhas, Congonhas do Norte, Conselheiro Lafaiete, Coronel Pacheco, Coronel Xavier Chaves, Couto Magalhães de Minas, Cristiano Otoni, Cristina, Cruzeiro, Cruzília, Cunha, Datas, Delfim Moreira, Desterro de Entre Rios, Desterro do Melo, Diamantina, Diogo de Vasconcelos, Dom Joaquim, Dom Viçoso, Dores de Campos, Dores de Guanhães, Entre Rios de Minas, Ewbank da Câmara, Felício dos Santos, Ferros, Gouveia, Guanhães, Guaratinguetá, Ibertioga, Ibituruna, Ingaí, Itabira, Itabirito, Itambé do Mato Dentro, Itamonte, Itanhandu, Itaverava, Itutinga, Jaboticatubas, Jeceaba, Jesuânia, João Monlevade, Juiz de Fora, Lagoa Dourada, Lambari, Lamim, Lavras Novas, Lima Duarte, Lorena, Madre de Deus de Minas, Magé, Maria da Fé, Mariana, Marmelópolis, Matias Barbosa, Mercês, Milho Verde, Minduri, Moeda, Monjolos, Morro do Pilar, Nazareno, Nova Lima, Nova União, Olaria, Olímpio Noronha, Oliveira Fortes, Ouro Branco, Ouro Preto, Paiva, Paraíba do Sul, Paraty, Passa Quatro,  Passa Tempo, Passabém, Pedralva, Pedro Teixeira, Pequeri, Petrópolis, Piau, Piedade do Rio Grande, Piranga, Ponte Nova, Pouso Alto, Prados, Presidente Bernardes, Presidente Kubitschek, Queluzito, Raposos, Resende Costa, Ressaquinha, Rio Acima, Rio Espera, Rio Piracicaba, Rio Pomba, Ritápolis, Sabará, Sabinópolis, Santa Bárbara, Santa Bárbara do Tugúrio, Santa Cruz de Minas, Santa Luzia, Santa Maria de Itabira, Santa Rita de Ibitipoca, Santana de Pirapama, Santana do Deserto, Santana do Garambéu, Santana do Riacho, Santana dos Montes, Santo Antônio do Itambé, Santo Antônio do Leite, Santo Antônio do Rio Abaixo, Santo Hipólito, Santos Dumont, São Bartolomeu, São Brás do Suaçuí, São Gonçalo do Rio Abaixo, São Gonçalo do Rio das Pedras, São Gonçalo do Rio Preto, São João del-Rei, São Lourenço, São Sebastião do Rio Preto, São Sebastião do Rio Verde, São Tiago, São Thomé das Letras, São Vicente de Minas, Senhora de Oliveira, Senhora do Porto, Senhora dos Remédios, Serra Azul de Minas, Serranos, Serro, Silveiras, Simão Pereira, Soledade de Minas, Taquaraçu de Minas, Tiradentes, Três Corações, Três Rios, Virgínia e Wenceslau Braz.

 

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

 

Brasília, 19 de outubro de 2023; 202º da Independência e 135º da República.

 

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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    Roneijober Andrade
    Roneijober Andrade
    11 months ago

    Espero que juntamente com o título venham recursos, investimentos na Estrada Real, ela só existe como produto turístico porque é um excelente roteiro, pois, o projeto está praticamente abandonado.
    As estradas estão sendo asfaltadas sem a preocupação de deixarem uma trilha paralela para caminhantes, ciclistas e cavaleiros. Passaram 24 anos da realização
    da expedição Spix & Martius, promovida pelo Senac, que “mapeou” a Estrada Real e o trecho de 35 km entre Morro do Pilar a Itambé do Mato Dentro continua sem um ponto de apoio. O projeto da Vila Real que era para servir de ponto de apoio ao longo da Estrada Real só teve uma unidade edificada, em Val, onde já existem outros pontos de apoio.
    Os marcos de sinalização estão abandonados, sem manutenção, alguns cobertos por mato ou soterrados por desmoronamento de barrancos. Essa sinalização também peça pela falta de atualização, são abertas novas estradas e não são colocados novos marcos para nortear os turistas.
    Os passaportes, um investimento simples, mas, que é um grande incentivo se percorrer a Estrada Real demorou cerca de uma década para ser implantado e funciona precariamente. É preciso aumentar os pontos de distribuição do passaporte e, principalmente, os pontos de carimbo. Há empreendimentos que eram ponto de carimbo e já fecharam, outros locais tem horário de funcionamento restrito. Há cidades, distritos e povoados como Bom Jesus do Amparo e Senhora do Carmo, que até hoje não foram contemplados pontos de carimbo.
    Espero que os poderes públicos federais, estaduais e municipais além do empresários e cidadãos se unam para transformar a Estrada Real num verdadeiro Monumento Nacional.

    Sou “Aprendiz de jardineiro de Ipoema” e, há mais de duas décadas, busco fazer minha parte na valorização da Estrada Real.

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