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O Centro de Tradições do distrito de Senhora do Carmo assumiu, nesse fim de semana, a sua real vocação. Com o intuito de fomentar a cultura e o turismo, o local está recebendo visitantes para a exposição Tecido do Céu, que traz vestes religiosas do acervo da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo, bem como da Catedral Diocesana de Nossa Senhora do Rosário, de Itabira, e da coleção particular do padre Adriano Mendes de Pinho. A mostra está aberta para visitação até o dia 6 de dezembro, de quarta-feira a domingo, das 9h às 16h.

Durante o lançamento da exposição, houve a reabertura da Biblioteca João Camillo de Oliveira Netto. Agora, o espaço conta com novos equipamentos: dois notebooks, duas televisões, duas impressoras e quatro fones de ouvido. Na cerimônia de abertura, o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, destacou a importância de ter um local vivo para a cultura no distrito, além de um ambiente de leitura e pesquisa ativo. “Eu sempre gosto de voltar aqui para fazer entregas, cumprir os compromissos. A reabertura do Centro de Tradições, que foi reformado, e da Biblioteca João Camillo de Oliveira Netto, reforça que o espaço tem uma vocação e que precisa ser respeitada. Nossa gestão tem na cultura a certeza de que ela nos levará ao desenvolvimento social e econômico trazendo uma perspectiva turística”, afirmou.

De acordo com a Diocese de Itabira – Coronel Fabriciano, organizadora da exposição junto com a Prefeitura, as vestes litúrgicas são usadas pelos clérigos e fiéis leigos para a celebração de missas e outras cerimônias do culto cristão. Nesta exposição há alguns exemplos de paramentos litúrgicos: casulas, dalmática, alvas, capa pluvial e vestimentas da Marujada. Essas indumentárias são utilizadas no corpo dos clérigos e dos fiéis durante as celebrações. Tais paramentos são feitos de materiais nobres, como a seda e fios de ouro, e confeccionados por meio de técnicas que requerem tempo de dedicação na elaboração de seus bordados.

O padre Adriano Mendes de Pinho destaca que a exposição Tecido do Céu quer, por meio dos paramentos litúrgicos apresentados, resgatar a história e tradição do distrito, reconhecido no município de Itabira e em toda região por sua profunda religiosidade, fé e devoção. As vestes litúrgicas, para além dos elementos da beleza e da estética, nos fios que formam os tecidos, carregam histórias e símbolos que falam da conexão do homem com o sagrado.

“Completam quatro anos que aqui cheguei à Senhora do Carmo e cada vez mais estabeleço vínculos de amizade e amor por essa comunidade, sobretudo por nós tecermos juntos uma bonita história e caminhada. É uma oportunidade que temos para resgatar a nossa história e tradição. Cada veste litúrgica é repleta de significado que traz história de sacramentos”, reforçou o administrador da Paróquia Nossa Senhora do Carmo.

A primeira-dama e estilista, Raquell Guimarães, que também participou da concepção da exposição, esteve na abertura, no Centro de Tradições, e reiterou a importância de garantir a tradição do distrito. “A reputação do Carmo sempre chegou para mim com duas palavras: um povo trabalhador e cristão. A minha formação sempre foi dedicada ao estudo da indumentária, não necessariamente a indumentária sacra, mas a moda. Então hoje, caminhando para essa exposição, eu lhes convido a fazer a seguinte reflexão: a nossa alma que veste o nosso corpo ou o nosso corpo que veste a nossa alma?”, disse a primeira-dama.

Biblioteca João Camillo de Oliveira Netto

O professor padre Ivanir Américo lançou na Biblioteca João Camillo de Oliveira Netto o seu livro “Do altar ao seio familiar – uma vida abençoada”. Ícone da comunidade cristã de Senhora do Carmo, ele autografou exemplares e também visitou a exposição. “Vocês não imaginam a minha alegria de estar aqui hoje, não só para o lançamento do meu livro, mas principalmente por esse acontecimento que fala sobre as vestes litúrgicas. As vestes litúrgicas sempre estiveram presentes na minha alma”, disse Ivanir.

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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