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Como se não bastassem os pernilongos que são modelos para o Brasil inteiro e infestam os bairros itabiranos; como se não servissem de exemplos os produtores da dengue e seus correlatos e descendentes; como se não bastassem os mil buracos nas ruas e passeios na cidade; como se não fossem suficientes as placas indicando “rota de fuga”, também a falta de água, que só vem quando a cidade acabar, eis a mais cruel realidade que aparece nestas bandas: uma nova praga que já foi carimbada em Itabira.

Entendidos procuram explicar a causa dessa novidade desagradável  e mais que inédita. Ela não deixa ninguém em paz. Vamos à consulta técnica.

MOSQUITO CAPIROTO

Os atuais pernas curtas são aqueles que se proliferam mais nessa época do ano, devido às altas temperaturas. De desencontro, citam a baixa umidade, que não há no momento. O mosquito da dengue (Aedes aegypti) e o pernilongo (Culex Pepeans Fatigans) são exemplos de mosquitos que que habitam as sujeiras mais no verão.

Os atuais capirotos juntam-se a um mais robusto, o tal de caramujo, esse que faz medo pelo tamanho e pela fonte de produção, na Avenida Mauro Ribeiro Lage, Bairro da Estação, onde há a “fabricação central”.

Não precisava de outro nome, as informações nos levam ao termo capiroto, que significa capeta, demônio, satanás. Querem mais?  Tudo faz, então, mais medo a todos.

CAUSAS INCONTESTÁVEIS

Itabira joga sujeira debaixo do tapete há mais de quatro anos. O tratamento de lixo praticamente não existe mais na cidade. E acreditem que já foi modelo para o Brasil, que já recebeu dezenas de prêmios por apresentar soluções de melhorias. Hoje, o Aterro Sanitário da cidade tornou-se, de novo, lixão, fato degradante para uma cidade que já foi educativa.

Além do aterro que virou lixão, aprovado há 25 anos, há uma outra pendência da Prefeitura e da Vale. Não se sabe o motivo que impede a mineradora Vale e a municipalidade  esquecerem do cumprimento do primeiro item que prevê a construção da Central de Resíduos.

Itabira, ao invés de caminhar para o futuro, ela precisa substituir a sua receita que está junto com o minério de ferro, exaurindo-se, está dando passos longos  ao passado. E parece que não será contido esse avanço porque, em pleno século 21, o itabirano cai de patinho no jogo do marketing, pura propaganda paga com o nosso dinheiro.

Enquanto isso o prefeito e jornalista Marco Antônio Lage ainda não desceu do palanque.

José Sana

Em 8 de fevereiro de 2025.

Fotos: Folha Popular/Regional Digital/NS

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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