Izaída Stela do Carmo Ornelas
A discussão não é nova e enseja debates cada vez mais acalorados. De 1984 a Admirável Mundo Novo… De Blade Runner ao Exterminador do Futuro, muita especulação tem nos dado inspiração, guiando autores em obras de toda modalidade artística.
Como ‘a vida imita a arte’, também uma pseudociência, nos moldes pérfidos apresentados pela mídia, se abre ao que beira à vidência do futuro, visto que tem adotado e divulgado especulações, ‘profecias’ patrocinadas por bases questionáveis, dentro do capitalismo nu. Sem falar nas derivadas notícias falsas!
O que me intriga, não é tanto o futuro da IA, mas o que a raça humana vem se tornando, dentro desse momento de ‘novidades’. As redes sociais tem gerado uma nova espécie: o homo exibidus. Ele faz de tudo para ser notado, condicionando sua existência real a likes e curtidas. Irá este novo humano substituir os sapiens, tornados obsoletos pela IA?
A relação entre homem e máquina também deu origem a um outro subproduto: o homo umbigus. Este último, tem sido capaz de prescindir das mais variadas características das humanidades: em contato permanente com aplicativos, desaprendeu a dizer ‘por favor’, ‘bom dia’, ‘obrigado’… Não se importa em atender – ou mesmo ferir – o próximo, porque só está acostumado a se relacionar com telas. E telas não reclamam afeto.
Qual espécie humana será capaz de enfrentar o egocêntrico pacto entre homem e máquina? Pergunto: é inteligente se tornar artificial? Porque é nesse sentido que a IA vai dominar a humanidade: tornando os humanos mais artificiais do que ela! Já está vencendo.
Horresco referens.
O que preocupa não é a Inteligência Artificial e sim a decadência da Inteligência Natural.
Hoje dizem que resolve tudo nas telas, mas elas escondem a dor da realidade, pois nas selfies todos vivem o mundo da Alice. Aquela do país das maravilhas.
Excelente!!!