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“Ah, minha Itabira, querida!” O que foi que aconteceu? Tirei meu tempo que sobra para falar de você, mas estou triste, vamos examinar o fato ocorrido, ou está ocorrendo … vamos andar por aí e ver, ouvir, sentir, comentar…

 

Vamos levantar, primeiramente,  quais são os temas e quais assuntos estão sendo tratados em todo o município. E comecemos pelos distritos de Ipoema e Senhora do Carmo. Neles discutem nos botecos, praças, esquinas, salões de beleza e de barbeiros e velórios o asfaltamento de dez minguados quilômetros de asfaltamento. Só esse assunto, lembrando que nos governos anteriores, de João Izael e Ronaldo Magalhães, foram pavimentadas mais de 500 quilômetros. Deu para ver a diferença? Recordando: mais de 500 quilômetros x exatos dez mixos “quilometrinhos”

 

RUAS, AVENIDAS E BECOS  – A Prefeitura de Itabira “investiu” milhões de reais para tapar os buracos. Tudo isso antes do pleito eleitoral. Vieram as eleições, Marco Antônio deu banho de votos, fez trilhões de discursos, em 90% do que não fez, mas por pouco com empatava votos contra mentiras proferidas. Conclusão: as crateras voltaram com força e sem chegar o tempo chuvoso. É duro na queda imaginar a qualidade dos serviços!

 

LIXO DEBAIXO DO TAPETE – Tema fechado por verdadeiros cidadãos, os poucos que entendem de sentir a dor da derrota: o lixo de Itabira continua sendo escondido debaixo de tapetes. Milhões de toneladas estão sendo empilhados no antigo Aterro Sanitário. Voltou a ser Lixão, uma vergonha nacional. E tem mais: no ano 2000 entrou em vigor a norma estabelecida na Licença Operacional Corretiva (LOC), que completa agora 25 anos de inércia. A Prefeitura de Itabira e a Vale não construíram a Central de Resíduos, principal obra para separação do lixo na cidade.

 

PREFEITURA E CÂMARA MUNICIPAL – Não encontrei o senhor prefeito na sua sala de trabalho, mesmo agendando dia e horário. Tomei conhecimento de que estava fazendo “lives” (nem sei o que é isso porque não me explicaram ainda o que é internet). Disseram-me que ele passa pelo menos dez horas por dia falando, com eloquência de toda obrinha que executa. Por exemplo, meio fio, festas, reformas de praças e escolas. Decidi dar um tempo a ele para aparecer com algo que marque o seu trabalho.

Sou obrigado a dizer que vi o senhor prefeito operando uma máquina numa obra sem importância. Ele pegou a maquininha e meteu o pé no acelerador. E ficou posando para fotos com sorrisos. Aí estava consagrada a demagogia. É muito feio isso. Daniel de Grisolia, chamado de demagogo no seu tempo fazia pouquinho: só subiu numa carroceria de caminhão, girava a bandeira de Itabira e só.

Na Câmara fiquei decepcionado com o povo de Itabira pela segunda vez. Na primeira, vi a loucura das pessoas em caírem em alçapões. As eleições de 2024 foram arapucas armadas. Nada feito, nada relevante, e um gasto absurdo de dinheiro, mais de R$ 4 bilhões.

Pior ainda, os representantes do povo, pelo que li das atas e ouvi no rádio, tratavam sempre de temas de nada a ver com o interesse do povo, como:

  • Construção de mata-burros na zona rural.
  • Aumento salarial para prefeito, vice-prefeito e secretários.
  • Criação de Bolsa Alimentação para vereadores (R$ 700/mês)
  • Matança de cães de grande porte.
  • Proibição de cães nas ruas.”

Aqui se encerra a primeira ação do autor Zé Nova Era. Agora, sua análise,

Esse trem é o modelo da VLI Multimodal que ocupa o lugar da EFVM

ANÁLISE DE ZÉ NOVA ERA (Se eu fosse vereador) – “De cada assunto discutido em pontos diferentes, temos ainda outros, que rendem comentários diversos, embora a área política desconheça e nunca dá o braço a torcer. A história dará conta desses omissos de barbas prateadas e imundas. Talvez alguns temas aqui abordados sejam necessários, mas vejam bem o esquecimento do principal assunto deste momento:

SAI  VITÓRIA A MINAS, ENTRA VLI LOGÍSTICA

Adeus, Porto Seco, terceiro componente da preparação para o futuro de Itabira. Ao lado de ação do Aeroporto Industrial e do Parque Científico e Tecnológico era a opção mais clara e fácil de ser cumprida.

Já noticiamos e vamos repetir: a VLI Logística inicia mais uma fase de trabalho ao adquirir a Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), da Vale. Ao assumir a operação direta de trens como agente transportador ferroviário, sai na frente como modalidade prevista na nova lei das ferrovias. Com investimento de R$ 600 milhões, a empresa ganha autonomia para coletar e entregar cargas ao longo da linha, além de gerenciar 17 pátios de manobra e implantar instalações próprias na malha.

A medida substitui o antigo modelo de direito de passagem, simplifica a relação com a Vale — sua acionista com 29,6% — e promete elevar a eficiência no corredor que conecta a malha da FCA, cuja renovação está em negociação com o governo federal. Do total investido, R$ 530 milhões serão destinados à compra de material rodante, e R$ 70 milhões a oficinas e estruturas operacionais.

A nova operação deve ampliar o volume anual de transporte de 22 para 30 milhões de toneladas nos próximos anos, com destaque para produtos da siderurgia, como minério, carvão e coque. Cargas de celulose, grãos e fertilizantes também serão beneficiadas. A empresa já iniciou a transição e prevê plena operação até meados de 2026.

A VLI consolida-se como operadora de referência em logística multimodal, com presença crescente na malha ferroviária nacional.

Assim, o Porto Seco de Itabira vai por água abaixo e não é nada mais que um porto desidratado, que pode ser retirado de Itabira como a Vale, ainda estatal, tentou fazer. E agora que é empresa privada?

 

ITABIRA JÁ ESTÁ DE FORA DOS PLANOS?

 

Acessem a internet e procurem a lista de estações de parada para passageiros da EFVM. Serão encontrados as seguintes estações: (Belo Horizonte, Dois Irmãos (Barão de Cocais), Rio Piracicaba, João Monlevade, Desembargador Drumond (Nova Era), Antônio Dias, Mário Carvalho (Timóteo), Intendente Câmara (Ipatinga), Ipaba, Frederico Sellow (Perpétuo Socorro), Periquito, Pedra Corrida, Governador Valadares, Tumiritinga, São Tomé do Rio Doce, Barra do Cuieté, Conselheiro Pena, Krenak, Resplendor, Aimorés, Baixo Guandu, Mascarenhas, Itapina, Colatina, Piraqueaçu (João Neiva), Aricanga, Fundão, Flexal e Pedro Nolasco (Cariacica).

 

Cadê Itabira? Vocês, itabiranos, estão tratando de temas secundários. O futuro fica para quando? Até quando?”

 

Zé Nova Era

Fotos: redes sociais

17/07/2025

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

    “ESTE SAPATO ME FAZ CHORAR TODA HORA!”

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