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“Se lhe dói os dentes, vá ao barbeiro”. Seria esse o conselho que algum aloprado andou passando para quem tem problema de odontalgia? E qualquer outro idiota corrigiria o maluco, sugerindo-lhe não tornar essa besteira  realizável. Fato idêntico ocorre na terra de Carlos Drummond de Andrade. A requisição é por preparativos de baque tremendo na saída da Vale, mas estão gastando o vil metal, aos bilhões, com “prioridades” inexplicáveis. Chega-me enquanto abordo o tema a seguinte frase: “A pior coisa do mundo é um burro com iniciativa”. Itabira não merece.

ITABIRA EM RUMO TORTO

Infelizmente, a cidade de ex-Presidente Vargas tornou-se uma nau sem rumo, ou tomou a direção do caos conscientemente. Não há outra explicação, entendo eu, principalmente porque o chefe do executivo local é muito mais viajado que eu. Será que ele não percebe o próprio erro de como curar a  dor de dente itabirana? Conhece  o ramo de tocar agência de shows. Na falta de inspiração, transformou a prefeitura em agência de danceteria. O pior é que não tem a mania de ouvir o povo. O tal orçamento participativo é apenas para inglês ver e não representa 2% da receita total.

FORASTEIRO DE ÚLTIMA HORA

É de sua livre obsessão, num sentido forçado por desconhecimento da democracia, por isso faz o que quer. Os influencies, vindos de outras plagas, plantaram a praga na cidade, que virou um covil de fantasmas, exatamente o que o povo itabirano detesta desde a Idade Média. O principal motivo condutor de alienígenas resumem-se no ponto onde o chefe tem um bucker.

 

VALERIODOCE, O FIO DA MEADA

O que rabisquei acima é apenas um alicerce mais ou menos claro, para se entender o recado que o itabirano precisa, urgentemente, apreender. Ele começa com o pulo que o Valeriodoce deu, do quase anonimato para o caminho da glória. Por pouco o time seria campeão do Módulo II, mas não precisava disso. O VEC estará, em 2024, disputando o direito de ser Valério. João Mário de Brito, que deveria ter sido presidente desde quando nasceu, é um esportista caracterizado pela raça e amor ao Dragão e se percebe nestas suas palavras: “Nosso objetivo é retornar à elite do Mineiro”.

 

O time alvirrubro mostra o que precisa ser feito na terra minerária com anos de atraso: dar o primeiro passo, cujas pernas, nos últimos três anos, não se moveram. Os curibocas, totalmente desconhecedores de medidas inteligentes, batem palmas para o aumento assustador de novos  “aspones”, o pior, importados, forasteiros, e aumento de custos operacionais.

 

No ano de  2041, que está logo ali na frente, o terceiro andar não saberá em qual dotação orçamentária será apropriada a verba para tapar o maior buraco de todos os tempos. Exemplificando: a prefeitura não terá nem um terço de R$ 1 bilhão hoje arrecadado anualmente, para pagar servidores, fornecedores e as vaidades. A cidade, em sua área central principalmente, ficará bonitinha, engraçadinha, com cinco praças de bom gosto. A única pergunta que cabe agora: haverá quem se assentará em seus bancos? Vamos aguardar.

 

“Bolsão de Pobreza” é tudo o que nos leva a uma situação calamitosa e o que o primeiro presidente da velha CVRD, Israel Pinheiro, teve o cuidado de alertar solenemente. Na verdade, a cegueira do futuro é um escândalo. Não é preciso ser profeta para ver e sentir o que vem por aí. Basta ter um terço de  inteligência num processo meia-boca.

 

Deus, salve Itabira!

 

José Sana

28/11/2023

NS
José Sana, jornalista, historiador, graduado em Letras, nasceu em São Sebastião do Rio Preto, reside em Itabira desde 1966.

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