A crise
Crise com plena força. Alta incidência do Coronavírus, que ataca com determinado vigor do quarto dia de lockdown, este datado de quando os números de infectados e de mortes cresceram. Procura intensa de suspeitos e infectados por socorro nos hospitais. Itabira recebe pacientes de toda a região. Ao todo são 13 municípios que têm o amparo itabirano, e mais de 50 que podem vir atrás de socorro.
No reino do medo
O medo de um vídeo desconhecido (este um dos problemas que confundem a cabeça dos que procuram estar por dentro de tudo) passou a reinar em toda a cidade e na região. “Santa Maria de Itabira voltou ao anormal”, ou seja, ao que era depois das enchentes de 21 de fevereiro. Desabrigados, desalojados às centenas. Os socorros reduziram-se. Mas há forças resistentes. O pânico mata também. Aumenta a procura de medicamentos antidepressivos nas farmácias. É só perguntar a médicos e a balconistas das drogarias.
No reino das dúvidas
O lockdown, decretado por quase todos os prefeitos da região, calcula-se que esta em ação em 50%. A medida talvez ajude no entender de seus autores e aconselhadores mas, para uma parte ampla da sociedade, atrapalha. Um outro lado aceita, ou faz de conta que aceita. Dúvidas persistem. Pesquisas sobre a aceitação do povo estão sendo feitas. Resultados saem já. É preciso repetir: não há respeito nem o município parece ter estrutura para controlar. Opinião de observadores que fotografaram lojas abertas nos primeiros dias.
E as informações?
Informações? Estas chovem torrencialmente sobre a vida do cidadão e são quase 100% negativas. Diria que as positivas não existem? É claro que sim. Quando há redução de infecções, ou não mortos, os informadores não promovem destaque e abordam simplesmente o termo “boletim desta data”. Se ocorreram óbitos, abrem manchetes em destaque. Pensam que o povo só gosta mesmo do lado feio, ruim, negro.
Toque sem recolher
Ontem (10) não funcionou sequer meio a meio. Muitos comerciantes, principalmente os pequenos, que recebem menos de 15 clientes por dia, abriram suas portas e ficaram à espreita de algum fiscal e dos chamados fregueses que vêm para pagar contas em carnês. E talvez comprar. Na periferia, constatações de que o chamado “toque de recolher” não funciona. Botecos deitam e rolam até como forma de protesto. Nas praças, reúnem-se pessoas de ambos os sexos para conversar, jogar, amontoar-se. O trem de passageiros continua deixando muita gente na cidade. E vejam: depois de longa viagem em espaço reduzido.
“Não voto mais!”
As acusações sobre as causas do momento de crise partem de cada lado, sempre dividido em duas partes. A principal vem do termo ideologia. Será que funciona? Culpar qual autoridade? O outro, de interesse político, já pensando nas próximas eleições. O povo diz: “não voto em mais ninguém”. Os políticos nunca acreditaram nesta possibilidade.
“Lei seca”
O temor de uns cidadãos agora é a respeito à implantação da “lei seca”. Neste caso, ambos os lados têm a mesma opinião: se os supermercados estão abertos, e neles a bebida alcoólica é exposta nas prateleiras, é somente ir e buscar. Bebendo ou não bebendo, a Covid-19 está solta. E desconhecida, polêmica, mesmo subjetiva. Então, pelo menos sobre isto o ser humano tem a certeza: o candidato à Covid-19 não vai parar de beber.
Vacinação
Em 7 de janeiro de 2021, o governador Romeu Zema, por meio da Lei 23.787, publicou o seguinte tópico inicial: “Garante no Estado a vacinação contra o Sars-Cov-2, causador da Covid-19 e dá outras providências”. Quer dizer, esta providência é estadual expressa em lei. Os municípios estão sendo atendidos. Impossível imaginar que esteja prevalecendo o fator político. “Vamos apertar o Zema?” – o próprio governo ri desta possibilidade.
Cadê o dinheiro?
Itabira recebeu verbas no ano passado para preparar-se para os piores momentos e não se preparou adequadamente – esta a opinião de quem é ponderado e sabe dos acontecimentos. Era anunciada a construção do Hospital de Campanha, mas houve desistência. Aplicaram-se as verbas noutras finalidades, até fora dos padrões exigidos por lei. Ampla maioria cobra isto. Cerca de 14 milhões de reais chegaram aos cofres públicos municipais vindos dos federais. Todas as partes políticas evitam tocar neste assunto. Tudo bem, não adianta chorar no leite derramado. Manter o assunto apagado talvez seja pelo menos sinal de união. Que seja!
Sugestão de solução
Como Notícia Seca prometeu terminar suas informações com sugestões, apresenta esta respectiva sua promessa: deixem nas mãos da sociedade civil organizada. Mesmo sendo tardiamente, só a voz do conjunto consciente pode decidir, porque toda ação depende de entendimento. Unanimidade nunca haverá. Maioria atuante, sim. Democracia também.
Atenção!
Leitor, internauta, seguidor, por favor, entenda isto: este site é mensageiro das notícias que aconteceram em conjunto, ao todo, conclusão do raciocínio e não de fatos estritamente momentâneos. Exemplo: se uma partida de futebol dura 90 minutos, uma notícia ou matéria aqui transmitidas podem durar até 90 horas. Ou mais…
NS
11/03/2021
Texto necessário, assim como a urgência em adotar-se medidas mais firmes para conter o vírus na cidade. As pessoas precisam ser mais conscientes!!
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