A gente nasce, vai crescendo e absorvendo a cultura ao derredor; a história, os deuses, as leis; vai para a escola, aprende e desaprende, encontra um ofício compatível com nossos talentos ou habilidade, um trabalho, e tenta crescer e acumular riquezas ou sobreviver numa instabilidade eterna. E somos bombardeados por ideologias, direitismos e esquerdismos, ameaças, guerras paralelas e a p… do vírus nos confinando em nossos bunkers. Mas sei eu estou escrevendo e vocês estão lendo, significa que estamos vivos.
APOCALIPSE NOW!
Se estamos vivos, o mundo ainda existe. Êba! Já parou pra pensar que se morrermos o mundo acaba? É finito. Mas tem a promessa de vida eterna das religiões. Todas prometem. Se entregam, só morrendo para saber. Eu pelo menos não estou afim de saber por enquanto.
APOCALIPSE NEM.!
Para mim viver vale muito. É tudo que tenho. De que adianta saldo no banco e patrimônio se eu não estiver vivo? Por isso vou continuar driblando a mamona assassina. A máscara para mim tá naturalizada igual cueca. Aglomerações eu evito. Se puder não saio nem na porta de casa. A vida é muito valiosa.
APOCALIPSE FASHION!
Os mexicanos e outros povos lidam melhor com a morte. Tenho dificuldades de lidar com a morte dos outros. Quando se trata da minha, quero tentar adiar ao máximo. E ai de quem fizer festa no dia da minha partida. Vou assombrar pela eternidade.
APOCALIPSE NOIA!
Não consigo enxergar como mentalmente saudável qualquer pessoa que desdenha da vida. Se morrer, morreu é o c…. Como uma pessoa que perdeu amigos e parentes durante uma doença tão cruel vai receber uma m… dessas? Não estamos em guerra, portanto não temos baixas, mas vítimas.
APOCALIPSE ZUMBI
Para os psicopatas vidas humanas não têm nenhum valor. Pessoas são apenas meios para atingir fins. São usadas como buchas de canhão, como reles peões no tabuleiro de alguém.
APOCALIPSE NEVER
De vez em quando é importante lembrarmos que somos humanos, temos o dom da empatia, da compaixão e solidariedade. Podemos e devemos cuidar uns dos outros. À revelia de toda objetividade mórbida e de toda “necropolítica”.
Marcos Martino