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Copiando a moda da contratação de consultoria, lançada pelo prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage, o ex-Bom Cabrito, agora Mau, contratou Pé de Pato para exercer serviço misterioso até as próximas e distantes eleições de 2024. Figura folclórica e lendária da política itabirana, o famoso bisbilhoteiro de vidas alheias está esperando as decisões de cumprimento ou não do contrato. Uma fonte informativa das façanhas nos bastidores revelou que a primeira tarefa seria tornar famoso o Orçamento Participativo, mas o interessado, Gabriel Quintão, desistiu de recorrer ao macumbeiro.

ITABIRA TREMEU NO ANO 2000

 

 

Pé de Pato é um nome que quase todo mundo  conhece na região de Itabira. Para dar luz a quem nunca ouvir falar, ou já se esqueceu de nossos personagens (do Cabrito, do Bode Bravo e do Zé Picareta), vai uma dica. No ano 2000 realizaram-se eleições municipais (prefeito, vice-prefeito e vereadores). O candidato cotado para enfrentar o prefeito seria  Olímpio Pires Guerra (Li), que tentaria alcançar o cargo pela segunda vez. Mas, desenvolvida uma pesquisa eleitoral, autorizada sua publicação pela Justiça, Jackson Tavares saiu como líder disparado à reeleição. Li Guerra resolveu não concorrer.

A terra tremeu em Itabira quando foi dito, na convenção partidária do PDT, que Olímpio Guerra estava fora da disputa. De caras fechadas, os correligionários pedetistas e de outros partidos da coligação deixaram o recinto da convenção, nem esperando o lançamento de algum nome. Poucos comentavam porque reconheciam, que o escolhido, Ronaldo Lage Magalhães, não tinha nem um boné furado para vencer Jackson Tavares.

E APARECEU O PÉ DE PATO

 

Foguetes pipocavam nos céus da cidade. Gritos de “já ganhou” topavam nos ares com outros gritos. Nada mais havia a fazer senão cumprir o dever de ir às urnas, votar e sequer contar com um milagre. Com esse ar de prefeito reeleito, Jackson recebeu a notícia: deram-lhe, na saída de sua convenção com estas palavras: “Jackson, Li correu do pau; o seu adversário será Ronaldo Magalhães.”

A sala encheu-se de júbilo. Pé de Pato, deitado num banco, curtindo ressaca, levantou-se e ficou em posição de sentido, esperando qualquer coisa. Jackson deu-lhe esperança ao pronunciar a seguinte frase: “Se soubesse que seria barbada assim, teria lançado o Pé de Pato”. Mais aplausos e vivas gerais.

O que teria dito a folclórica figura de pé e ainda chapado? Absolutamente nada. Sequer uma palavra. Estava mergulhado numa maior ressaca característica de seus domingos de manhã, após umas bicadas fortes no bar de frente do comitê petista.

Esclarecimento: Pé de Pato era do Partido dos Trabalhadores, pensou que seria escolhido. Frustrou-se ao saber que estava descartado o seu nome. Nem para vereador achou vaga. Quem conhece a figura sabe que vingança viria a seguir. E veio.

MISSÃO “PATAL” CAIU PARA ‘ZERO A ZERO’

 


A vitória ocorreu meio apertada mas Ronaldo venceu com 800 votos de frente aproximadamente. No dia da convenção, em que começou o sonho de Pé de Pato, estava até em outdoos o seguinte resultado de pesquisa: Jackson Tavares 89%, Ronaldo Magalhães 6%; nulos e brancos 5%. Pé de Pato sumiu, disseram que foi ser fiscal de obras na zona rural sem bater ponto, a não ser no boteco da praça.

Está aí a dica da contratação de Pé de Pato pelo Cabrito: a existência de um atravessador mostra que há o mistério tenebroso na história. Sabe-se que Pé de Pato já organizou uma assembleia do OP, levou muitos cabritos e bodes, até vacas, e ainda deixou entrar a cachorrada que aguardava castração. Esses foram aplaudidos pelos 4 mil funcionário da Prefeitura.

Mas, segundo Zé Picareta, o fofoqueiro, o prefeito achou caro o pedido do Cabrito, nem foi aprovado pelo Meio Ambiente, de 200 caminhões de capim para serem despejados em Cabritolândia.

Enquanto a questão não é solucionada, o prefeito resolveu convocar todos os ocupantes de cargos comissionados da Prefeitura, incluindo secretários e “aspones” para as seguintes atividades: 1. Catar gente nos cantões e levar para as assembleias; 2. Aplaudir todo orador que se manifestar e elogiar o prefeito; 3. Escolher obras, fazer “politiquinha” e cotar tudo com valores baixos (não importa a qualidade); 4. Promover os secretários a líderes de obras.

Fim deste capítulo. É esperada a manifestação de Pé de Pomba. Ele ameaça trabalhar de graça para a oposição se não for mantida a contratação inicial assinada pelo Cabrito com alguém do governo.

Como diz enfaticamente Adilson Batista, emérito treinador de futebol: “Vamos aguardar.”

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