Sou a primeira filha do casamento de meus pais, Paulo Juventino Ferreira e Terezinha de Jesus Meneses e 10ª filha do meu pai que era viúvo quando se casou com minha mãe.
Ganhei uma irmãzinha antes mesmo de completar meus dois aninhos. Desde então, me afeiçoei àquela bebê que recebeu o nome de Marta Maria Meneses Ferreira. Eu tomava conta dela como se fosse minha bonequinha. Ela foi e sempre será um presente de vida! Porque quando eu aparecia feliz com um novo vestido, ela estava comigo na foto com um vestido igual como se fôssemos gêmeas. Ciúmes devem ter rolado, mas confesso que não me lembro de nenhuma cena. Só me lembro de defendê-la quando se encontrava frente a um perigo iminente ou quando outra criança a ameaçava de agressão. Aí eu partia para o ataque.
Vivemos uma infância muito feliz! Acho que todas as crianças da nossa geração e que nasceram naquela cidade tiveram uma infância feliz! Cantávamos livres sobre os muros, brincávamos soltas pelas calçadas, corríamos atrás de borboletas inundadas pelo perfume das flores, do refresco da brisa soprando e atravessando as ruas descalças, chamando-nos para o nosso tempo de viver.
Hoje lendo um artigo científico sobre a relação entre irmãs, muitos afirmam que ter uma irmã é ter uma amiga para sempre. Dizem que crescer com uma irmã torna a pessoa mais otimista e aumenta a chance de ser feliz.
Então eu posso dizer obrigada ao Pai Eterno que me deu essa menina que continua presente em minha vida seja na alegria ou na fadiga. Obrigada, maninha!