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Em março de 2021, inaugurei minha coluna dizendo: N.S. traz aos internautas um espaço da leitura de notícias que são de interesse público sabê-los. Notícia Seca já levou para as telas dos computadores e smartfones, em um passado recente, assuntos polêmicos e plausíveis, notícias secas, que merecem saber o leitor.

Após alguns meses sem atualizações, o site se reorganizou para dar seguimento ao projeto de comunicação moderna e eficaz, levando ao leitor temas relevantes e próprios ao espaço.

Notícia Seca voltou!

Em tempos de mudanças estritas na vida humana, nada será como antes.

No último dia 7 vimos uma declaração ganhar espaço e consequências nas redes sociais. Trata-se do youtuber e influenciador Bruno Monteiro Aiub, de 31 anos, conhecido como Monark, aquele que é um dos fundadores do canal “Flow Podcast”, ganhou seu afastamento das câmeras após ter verbalizado um canhão salivado: “Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista reconhecido pela lei”, disse ele. “As pessoas não têm o direito de ser idiotas? A gente tem que liberar tudo.” “A questão é se o cara quiser ser um anti-judeu ele tinha que ter o direito de ser”, completou sua fala.

A história registra que a eugenia nazista na Alemanha matou, sob o comando de Adolf Hitler, mais de 6 milhões de judeus, citados na fala do influenciador Monark.

Andor Stern, sobrevivente brasileiro do holocausto na Alemanha Nazista, ainda vivo, viveu o testemunho daquele tempo. Stern certamente sentiu a abertura das cicatrizes psicológicas marcadas pelo holocausto após o fuzilamento verbal de Monark.

Mas por que escrevo sobre isto no texto de reinauguração da coluna? Simples! Notícia Seca oferece o espaço moderno e interagido para discutirmos temas relevantes e atuais, para que possamos refletir sobre o caos que a vida pós-moderna ainda apresenta. Havemos de ter muito trabalho, ainda, para sobrevivermos às imprevisibilidades da natureza humana.

Claro está ou como é, a natureza humana não se opõe à sua história, e a história não se opõe à sua natureza. Estudar o homem é, indiscutivelmente, a maior matéria de estudo. Somos surpreendidos, constantemente até por nós mesmos, onde reeducação/evolução é exercício diário a ser praticado. Ninguém está pronto e acabado.

Monark ganhou destaque em inúmeras plataformas digitais ao regredir sua fala e lançá-la na atualidade. Porém, devemos observar é que estamos em uma sociedade em que outros Monark’s existem, ainda que não utilizem o podcast, mas outros veículos e outros momentos. É a maldade muitas vezes intrínseca na natureza de certos indivíduos que até podem sentar-se ao nosso lado.

Quem da nossa região do Parque Nacional da Serra do Cipó nunca ouviu a história contada ou vivida do “Juquinha da Serra”? Aquele que no passado sinalizava aos viajantes estradeiros e oferecia flores conhecidas como “Sempre-Vivas”. Ah Juquinha! De outras flores, de outras sempre-vivas, e vivas, nosso povo, nossa gente, a humanidade ainda carece de receber, sentir e aprender a amar.

Meus caros, até a próxima daqui a alguns dias.

Sigamos por aqui, vivendo e aprendendo.

 

Diego Tomaz de Morais

Diego Tomaz de Morais
Diego Tomaz de Morais é graduado em Direito pela PUC-MG, Chefe Especial de Divisão da Prefeitura de Morro do Pilar. IG: @diegotomaz.morais

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    Alexandre Macedo
    Alexandre Macedo
    3 years ago

    Grande Diego!

    Muito bom seu texto! Nesses tempos pós-modernos onde a “correria” tomou conta de nossas vidas em que o sistema econômico virou uma “máquina de moer gente” é bacana demais ler textos reflexivos como o seu que nos levam a repensar nossa condição humana.

    A declaração do influencer em questão é inaceitável! Vivemos tempos tão loucos que esse tipo de ideologia está vindo à tona em plena luz do dia. Li por ai que quando declarações como esta do Monark são publicizadas de forma natural e livre é porque o esgoto já está extravazando de gente adepta a esse tipo de pensamento; sendo assim, naturalmente, vão se sentir confortáveis em destilar essas abominações por aí utilizando a alcunha de “liberdade de expressão”.

    Nos brinde mais com textos assim.

    Grande abraço!

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