Além das águas, das montanhas acentuando o céu, do minério que brota na terra, do povo hospitaleiro, Morro do Pilar, Berço da Siderurgia no Brasil, possui um patrimônio cultural vasto, devemos dizer: personagens brilhantes nasceram, viveram, e vivem aos pés das montanhas morrenses.
A cultura de um povo é um conjunto de valores e patrimônios históricos e histórias que, no arranjo das coisas, promove o significado e a identidade. Por cultura direi, sem receio do momento, é a mais intensa vida interior, aquela que causa a inquietação e a ânsia da identidade de um povo.
Aqui darei espaço para dizer que tenho um amigo morrense, pensador, poeta, escritor, chamado Willian Figueiredo, que é um personagem da terra. Ele é filho de Francisco Afonso de Figueiredo (Senhor Quito) e Antônia Pires de Figueiredo (Dona Tunita), pai de Clarice Magnani Figueiredo (in memoriam) e Arthur Magnani Figueiredo, avô de Arturzinho e Antônio.
O poeta morrense registra suas inquietações de pensamentos e histórias nos livros que escreve, em verso e prosa, onde nada mais posso além de dizer que me sinto honrado em receber de suas mãos, na ocasião do presente inverno de julho, sua obra poética, Centelhas.
Willian Figueiredo lançará, em breve, outra obra pensada: “Mentiras, acreditem”. São histórias contadas e surpreendentes passadas em Morro do Pilar, atribuindo menção a personagens históricos do nosso rincão.
Destaco o momento da coluna para dizer que a cultura deve sempre ser apontada como instrumento de identidade de um povo. Ela jamais poderá ser deixada em lugar de descanso, ao contrário, deve sempre receber incentivos, investimentos e reconhecimento daquilo que se tem do passado, do presente e buscando preservar e multiplicar o que temos de cultura para as próximas páginas do futuro.
E se me perguntarem, em algum momento da vida, sobre as novas gerações, continuarei dizendo que o cuidado cultural e o incentivo e investimentos ao reconhecimento da identidade e das raízes fazem a árvore dar frutos depois de florescer.
Cumpre citar o dramaturgo Albert Camus e deixar aqui seu pensamento derradeiro: ““Sem a cultura, e a liberdade relativa que ela pressupõe, a sociedade, por mais perfeita que seja, não passa de uma selva. É por isso que toda a criação autêntica é um dom para o futuro”.”
Até breve, caríssimos!