Imagine um país com 12% de toda a água doce do planeta, mas que tem cerca de 35 milhões de pessoas sem acesso à água tratada. E onde basicamente metade da população (48%) não tem coleta de esgoto. O que poderia ser o enredo de um filme distópico é, na verdade, a realidade do Brasil.
Mesmo abrigando a maior bacia hidrográfica do mundo, a água potável e o saneamento básico ainda estão distantes de boa parte dos lares brasileiros. Segundo especialistas o Brasil sofre sério risco, em 2021, de sofrer apagões, apesar da realidade em um país onde a água é tão abundante.
Causas: política de há muito tempo adotadas por programas de governo sem rumo e outros fatores regionais.
PREVISÃO NA ECONOMIA ADIANTA PROCESSO
A economia em ritmo mais acelerado e novos riscos à inflação relativos à crise hídrica começam a guiar mais analistas a projeções de Selic de pelo menos 6% ao fim deste ano, o que indica que nos próximos meses o Banco Central teria de abandonar o discurso de normalização “parcial” da política monetária.
O Bank of America revisou na véspera sua projeção para 6,00%, ante 5,00%.
A Quantitas passou a ver taxa terminal de 7,5%, 1 ponto percentual acima da previsão anterior, o que sugere um juro na mesma magnitude acima da taxa neutra.
A XP revisou nesta quarta-feira (2) seu cenário para um juro de 6,5% em dezembro de 2021, e não mais 5,5%. Ao fim de 2022, o Bradesco (BBDC4) vê a taxa básica em 6,5%, depois de ajustar a estimativa para fim de 2021 de 5,25% para 5,75%.
Essas mais recentes revisões foram divulgadas depois de dados mostrarem na terça-feira que a economia brasileira superou expectativas ao crescer 1,2% no primeiro trimestre sobre os três meses imediatamente anteriores.
A alta das expectativas de inflação também tem motivado as mudanças, e esse componente ganhou reforço adicional nos últimos dias com o encarecimento da energia elétrica (pelo acionamento da bandeira vermelha 2) a partir de uma crise hidrológica decorrente do baixo patamar dos reservatórios no Centro-Sul.
“Entendemos que o ciclo de aperto monetário seja completo (ao invés de parcial, com um ‘pit-stop’ em 5,5% este ano) porque o hiato do produto está se estreitando mais rápido do que o previsto, sugerindo que a economia não precisará mais de estímulos monetários ao longo de 2022”, disse a XP em nota.
Por: Reuters