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Analisando o comportamento das pessoas seja na família, na sociedade e atualmente no âmbito político constatamos um alto nível de intolerância diante da falta de limites das pessoas em desrespeito ao direito do outro.

Na convivência humana, a tolerância é uma atitude que pode até ser considerada uma virtude. Isso porque ao exercê-la, deparamos com a capacidade que temos para lidar com a nossa própria impaciência. Quando alcançamos com determinação a força de vontade para acolher, compreender alguém, ser benevolente, essa conduta se torna uma virtude.

O diálogo é a arte em que duas pessoas conseguem expor seus pontos de vistas e ao mesmo tempo ouvem o que a outra parte tem a expressar. Juntas chegam a um consenso sobre suas opiniões e valores proporcionando um clima de boa vontade e compreensão recíproca. A tolerância é entendida como o respeito e compreensão pelo modo de ser e pensar do outro.

Quando há tolerância sem diálogo podemos estar diante de uma convivência doentia. É comum depararmos no âmbito familiar uma vivência em que esposa se torna refém do marido, pelo simples fato de usar a tolerância para se fazer aceita na vida do outro. Conviver é um aprendizado a ser conquistado no dia a dia. É preciso que se alinhem diálogo e equilíbrio, pontos considerados para a prática dessa arte.

Toda relação harmoniosa é baseada na compreensão, respeito ao espaço, à individualidade e aos direitos de cada um. Todavia a pessoa indulgente demais passa a ser escrava dos caprichos do outro sem perceber que há de se estabelecer um limite.

Em alguns momentos é preciso praticar o silêncio. Mas se essa prática se faz constante para evitar o conflito é indício de um grito sufocado de socorro. Daí a importância do diálogo para estabelecer o controle da paciência e não chegar ao estremo do seu limite. Se a tolerância for sem controle pode levar a um estado de sofrimento para quem se submete. Por exemplo, uma mãe ou um pai que aceita os erros recorrentes de um filho pode estar promovendo uma educação sem limites, o que pode levar a um ambiente familiar doentio.

Busca, pois, a sabedoria do entendimento para enxergar que o grau da sua tolerância é que determina o limite do outro.

Maria Flor de Maio
Maria Flor de Maio Ferreira Muzzi reside em Caeté-MG. Aposentada como servidor público da Administração Direta do Estado no cargo de Gestor Fazendário. Trabalhou também como professora de Ensino Fundamental em Escolas Estaduais de Caeté. Casada, mãe de três filhos e seis netos; além de escritora, é poetisa.

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