“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes e terremotos, em vários lugares.” Jesus (Mateus, 24: 6-7).
Jesus, no sermão profético, fala do princípio das dores que poderão assolar a Humanidade. As profecias, desse nível, são feitas mais para orientar a humanidade para colocar o pé no freio do que para ocorrer de fato. E se não houver respeito às orientações, aí fica por conta do livre arbítrio individual e coletivo.
Guerras e sofrimentos sempre existiram ao longo dos milênios terrestres. Sabemos, contudo, que o Mestre fala de um momento especial, de uma situação jamais vista em nosso planeta.
E nós nos perguntamos: será este momento que estamos vivendo não seria o prenúncio de dores maiores?
Olhando o panorama global constatamos sinais bastante significativos de que algo diferente está ocorrendo com as criaturas humanas.
Nos últimos tempos, perversão intensa de valores, grandes tragédias coletivas ou em âmbito menor têm chocado a opinião pública, ao mesmo tempo em que acontecem crimes hediondos que ultrapassam tudo o que nossa imaginação consiga conceber. Sofremos impactos quase diários com essas ocorrências que a mídia divulga com o estardalhaço costumeiro e, mesmo sem querer, tornamo-nos cientes de tais atrocidades.
Jesus fala sobre a grande tribulação:
“Quando pois virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda”. (Mateus 24:15);
Então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes (v. 16);
E quem estiver sobre o telhado não desça a tirar alguma coisa de sua casa (v. 17);
E quem estiver no campo não volte atrás a buscar os seus vestidos (v. 18);
Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tão pouco há de haver (Mateus 24: 21);
Sabemos que Jesus ao se referir à Judeia está falando da “região espiritual”, isto é, do estado mental e vibratório daqueles que cultivam ideais nobres e edificantes e que se esforçam para vivenciar os ensinamentos do Mestre.
A mesma interpretação cabe para a referência àqueles que estiverem “sobre os telhados” e no “campo” de trabalho construtivo. Jesus adverte que ninguém desça ou volte, preocupado com as coisas materiais, nesse momento. E foque no que mais interessa para se sustentar .
E para fechar estas análises de hoje, vejamos as orientações de Emmanuel, psicografia de Chico Xavier, no texto com título PARA OS MONTES ”, extraída do livro Caminho, Verdade e Vida:
“E a atualidade da Terra é dos mais fortes quadros nesse gênero. Em todos os recantos, estabelecem-se lutas e ruínas. Venenos mortíferos são inoculados pela política inconsciente nas massas populares. A baixada está repleta de nevoeiros tremendos. Os lugares santos permanecem cheios de trevas abomináveis. Alguns homens caminham ao sinistro clarão de incêndios. Aduba-se o chão com sangue e lágrimas, para a semeadura do porvir.
É chegado o instante de se retirarem os que permanecem na Judeia para os “montes”das ideias superiores.
É indispensável manter-se o discípulo do bem nas alturas espirituais, sem abandonar a cooperação elevada que o Senhor exemplificou na Terra; que aí consolide a sua posição de colaborador fiel, invencível na paz e na esperança, convicto de que, após a passagem dos homens da perturbação, portadores de destroços e lágrimas, são os filhos do trabalho que semeiam a alegria, de novo, e reconstroem o edifício da vida.”
É muito necessário refletirmos sobre isso para estarmos sempre preparados , caso ocorra um conflito de níveis nucleares, na Europa.