Em novembro de 2023, o Grupo DeFato, que foi por nós criado e dirigido até 2013, convidou-me para pesquisar a vida de um sábio, em cujo levantamento eu me comportaria como aprendiz de escritor. Aceitei sem titubear o honroso convite.
No andamento dos esforços, acabei me tornando adepto da frase motivadora —“Para ser um grande mestre, procure ser um bom aprendiz”. Não tenho vergonha da humildade e me avaliei com um bom pupilo, assumindo sempre ser um calouro diante dele, o mestre.
Um dia, quando já estava antigo de tanto ir às aulas do expert em viver, recebi dele a seguinte ordem expressa: “Vou lhe fazer um pedido: não me chame mais de senhor, nem de doutor”. A frase caiu em mim como uma ordem expressa, demonstrativa de amizade absoluta.
Noutra ocasião, a dona da casa, sua esposa, expressou-se assim, depois de intimar-me a ouvir uma sentença do casal: “A partir de hoje você faz parte de nossa família”.
Deter as lágrimas foi minha única façanha capaz de honrar sigilo à minha emoção.
As aulas que recebi fizeram parte deste livro, que segue a caminhada, como se fosse um diário, escrito desde maio de 1966, quando ele me deu atestado para trabalhar na empresa Vale S.A.
Um peso enorme sobre os ombros de um aprendiz de escritor. Uma responsabilidade sem par no caminhar trôpego de um vivente mortal. Tudo isso fez parte da coragem de enfrentar e expor minhas fraquezas ao julgamento popular.
Aqui nestas páginas foram expostas todas as especialidades, de virtuosidade, amor ao próximo, capacidade profissional, perícia, bondade, compreensão, tudo de bom que o leitor pode pensar e apreciar. O aprendiz gravou e copiou declarações incontestáveis.
Um dia escrevi páginas e mais páginas, pedindo um memorial para Dr. Mauro de Alvarenga e provando, com recursos pesquisados, que ele foi, além de Alexander Fleming, um dos inventores da penicilina. Mesmo que fosse um ajudante. Humilde, nosso Mauro procedeu como é de sua natureza.
Agora, para que eu seja mais justo que neste livro e, como ghost writer, não ter expresso o valor do mestre, deixo aqui uma proposta: analisem Mauro, Colombo e Eny e deem a eles o Prêmio Nobel de qualquer coisa que, desde 1901, quando foi criada a premiação, nenhum brasileiro conseguiu ser honrado na Suécia.
Este é o meu agradecimento aos Alvarenga e quem sabe ainda levem Colombo ao pódio de humanista de qualquer estátua de ouro.
Deixo o meu agradecimento derradeiro: não pensem que o mais importante da data seja o aniversário do professor, fazendeiro, médico Colombo (103 anos) e nem destaque à enfermeira, administradora e dona de casa Eny (99). O valor de tudo vem das virtudes reunidas em apenas dois cidadãos.
LANÇAMENTO
Está aí anotado: 17 de junho (data de aniversário de nosso Colombo). às 16 horas, na Livraria Leitura (Centro Cultural de Itabira).
José Sana
Eles são excelentes pessoas. Simpáticos, finos, educados, alegres, experientes, amigos, competentes, divertidos, amáveis e muito doces.Tive também a oportunidade de entrevista-los para um jornal que escrevi em comemoração aos 150 anos do HNSD. Foram lindas e reais as histórias contadas por eles. Colombo e Eny são mesmo dignos de homenagens e aplausos. Linda vida, vida em plenitude. Vida longa para Colombo e Eny agora eternizados nesse livro tão oportuno, tão importante para a memória itabirana, escrito por você , Sana, um historiador, um mestre das letras e um amigo tão especial e querido. 👏👏👏👏👏👏👏🌹❤️ Abraços!
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Parabéns a ambos ! Ao escritor, José Sana, meu grande amigo e historiador ímpar, ao Dr. Colombo, ilustre médico que admiro há anos.Creio que todos nós somos merecedores do presente, um livro sobre a vida de Colombo, um homem honrado, vitorioso, um grande profissional da medicina, que muito tem contribuído para a saúde e assistência de nossa cidade. A obra de Saba irá contribuir, sobremaneira, para contar a história de Itabira com fatos curiosos, verdadeiros e reais.