Uma semana agitada começa nesta segunda-feira, 24 de abril, a partir de 14 horas. Nela será discutida por comissões provisórias a questão intrigante de prolongamento de contrato com a Transportes Cisne, que poderá receber R$ 34.900,00 em pagamento à redução do preço da passagem de coletivos urbanos. E ainda inclusão de redução de tarifas de transporte interdistrital.
COLETIVOS RURAIS
Em jogo de queda de braço travado entre o presidente Heraldo Noronha e o prefeito Marco Antônio Lage venceu o primeiro, o presidente do Legislativo que segurou o projeto dos coletivos urbanos até que fosse enviado o “seu complemento”. O novo projeto contempla a Viação Santos com o recebimento de 52%, valor da passagem abatido no seu preço e pago pelo usuário. A tarifa rural deverá cair de R$ 12,31 para R$ 8,08.
Tal vitória pode facilitar a aprovação do projeto que deverá obter parecer para votação na terça-feira (25). Restará, no entanto, mais uma polêmica: os vereadores, incluindo alguns da situação, questionam o pagamnto de R$ 34.900.00 à Transportes Cisne, que ainda está ganhando dez anos de contrato sem licitação.
OUTRAS POLÊMICAS
Marco Antônio Lage, em análise de velhos ocupantes de cargos técnicos da Prefeitura de Itabira, tornou-se um irrequieto bate-rebate e combatente crítico da imprensa e dos vereadores itabiranos. “Enquanto a lei prevê que a função de fiscalizar, vigiar, acompanhar, cobrar é do Poder Legislativo, o Executivo insiste em cortar as asas das leis” — palavras de um ex-secretário municipal.
Outro cidadão ligado ao poder público municipal: “A Câmara deveria não votar e exigir um projeto atualizado de trânsito em seis meses. Aí vereadores votariam o subsídio para seis meses e abririam licitação inteligente de forma que os cofres públicos não tenham que bancar a passagem de ônibus. É como se fosse um privatização do transporte, de verdade.
Palavras de um outro ainda mais incisivo: “O prefeito está numa boa, não é? Ele faz gracinha agora, ao invés de pensar como estadista, no futuro, está doente com a próxima eleição; quando a conta chegar, não vai parar de chegar. A Vale indo embora, ou saindo devagar, a arrecadação do município acompanhará as perdas. No fim de toda a jornada, a arrecadação sofrerá uma queda drástica de R$ 1 bilhão ao ano para menos de R$ 300 milhões. E os aposentados? E os funcionários públicos? (alguns que não imaginam nem o hoje e outros que já estão apreensivos).”
Para finalizar, a pulga sempre na orelha: o prefeito está fingindo ou fala a verdade? Ele pouco cita a palavra “futuro” nem sequer passa por sua cabeça “O Dia Depois de Amanhã, filme estadunidense de 2004, do gênero ação, aventura e ficção científica pós-apocalíptica. É mais climático do que referente ao que pode (tomara que não) acontecer com Itabira.
Há ainda o Case Alemanha: país fecha oficialmente o último local de extração. Combustível foi fundamental para o desenvolvimento econômico alemão por quase dois séculos. Com material importado, continuará alimentando usinas de energia (2018).
Por que não vai lá ver o que está acontecendo? Ao invés de subir no tamborete, no cupim, no palanque e falar, falar, gesticular, gesticular todo dia e toda hora. Itabira não pode ser enganada. Chega de parlenga!
José Sana
22/04/2023
Fotos: Redes Sociais